Surpresas, suspense, curiosidade, aprendizado, novos conhecimentos e contato com a natureza são exemplos de conquistas, sentimentos e sensações que os alunos da Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (Eaja), da Secretaria Municipal de Educação (SME) descrevem ao participar das trilhas pedagógicas, promovidas por meio do projeto Zoo Noturno, no Zoo Gyn.
A visitação ao zoológico de Goiânia seria comum, se não fosse feita a noite, e ainda, com uma trilha pelo parque. Por esta razão, tudo se transforma em uma aventura especial. A ação é idealizada pela parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).
As atividades são realizadas pelo Núcleo de Educação Ambiental (NEA) e contam com a colaboração e orientação de professores do município. De acordo com o diretor do Departamento Pedagógico, Marcos Pedro da Silva, “a proposta busca agregar valores socioambientais de forma integral e participativa, aonde os alunos entendem a influência e a importância da sociedade na preservação ambiental”, afirma.
Além de ser um passeio, a participação no projeto possibilita o contato próximo e a visualização de animais do bioma cerrado como a jaguatirica, onça pintada, tamanduá bandeira, veado catingueiro, coruja orelhuda e lobo guará. “É uma ação importante, pois além de contemplar assuntos como a biologia, a importância ecológica dos animais de hábito noturno e crepuscular do parque, também destaca o papel fundamental dos seres humanos para a conservação dessas espécies”, ressalta Ronyson Camilo Soares, chefe da Divisão de Estudos e Projetos da SME.
As visitas dos grupos de cerca de 50 alunos são pré-agendadas conforme solicitação das unidades educacionais. Na última semana, os alunos da Escola Municipal Amâncio Seixo de Brito, localizada no setor Jardim Balneário Meia Ponte, participaram do projeto. O aluno Renato de Souza Araújo, 16 anos, contou que não conhecia o zoológico e aprovou o passeio pedagógico: “Achei muito legal! Eu nunca tive a oportunidade de vir, pois trabalho o dia todo, então vir com a escola foi muito bom”.
A aluna Denise Machado, 50 anos, também gostou de sair da rotina e ter uma aula diferente. “Passeio muito bom! Foi lucrativo, vimos como os animais vivem aqui.
Foi uma novidade para mim. Eu agradeço pela oportunidade de vir com os alunos da Eaja, o projeto é ótimo e a organização está de parabéns. Que outros alunos também possam vir viver essa experiência ótima”, ressaltou.
Éder Porfilho, professor de Ciências na escola, foi quem agendou a visita. Ele concordou com os alunos: “Foi ótimo! Achei interessante, pois oportunizou aos alunos verificarem a diversidade. Eles ficaram encantados, a atividade foi proveitosa e prazerosa, certamente enriquecerá, e muito, o aprendizado de todos”.
Aprendizado in loco
Antes do início das trilhas pelo parque, o grupo de alunos passa por um momento de orientação com as educadoras do projeto. “Os educandos recebem informações sobre a atividade, de como ela será desenvolvida no decorrer da trilha, bem como passam a conhecer melhor os objetivos do projeto e os hábitos noturnos dos animais. Temas como preservação ambiental, lixo, extinção das espécies do cerrado e outros tão importantes quanto esses na Educação Ambiental”, disse a apoio pedagógico da Divisão de Estudos e Projetos (Diep) da SME, Alesandra de Paula.
De olho nos resíduos sólidos
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Também, em parceria com a AMMA e o Zoo Gyn, a SME está desenvolvendo e expondo, neste mês de maio, o projeto “Resíduos: Manejo Correto e Qualidade de Vida”. Nesta ação, os alunos do Ensino Fundamental visitam o parque zoológico da Capital e o tema principal abordado com eles é o reaproveitamento de resíduos sólidos e o quanto atitudes conscientes são importantes para a preservação do meio ambiente.
Com cartazes explicativos, as educadoras ambientais ressaltam o que é certo e o que é errado no descarte do lixo. Os alunos saem de lá com tudo na ponta da língua após participarem de oficinas pedagógicas.
O chefe da Diep, Ronyson Camilo, explica que além do aprendizado, as escolas participam de uma campanha: “As escolas entregam garrafas pets e levam um caderno de receitas elaborado especialmente com dicas de reaproveitamento de alimentos integrais e um guia para a compostagem doméstica”. (Lívia Máximo)
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