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Virada Ambiental 2023 é realizada em 17 estados e no DF

Idealizada na UFG há 5 anos, iniciativa tem propiciado o plantio de milhões de árvores em todo o país


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 22/11/2023 - 11:30

Parque Altamiro de Moura Pacheco, em Goiânia, recebe plantio de árvores durante a Virada Ambiental

O Dia D para o plantio da Virada Ambiental 2023 – 5ª edição, está sendo realizado hoje, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. A expectativa dos organizadores é plantar, no mínimo, mil árvores para cada um dos 240 municípios participantes a partir do dia 22. Desses, 195 são de Goiás. Neste ano, o projeto contou ainda com a adesão de 44 municípios de outros 16 estados, mais o Distrito Federal, marcando presença nas 5 regiões brasileiras.

Depois de Goiás, os estados de Minas Gerais e o de São Paulo são os que tiveram mais prefeituras aderindo ao projeto, com 16 e 7 municípios, respectivamente. Depois vêm Bahia e Paraíba (com 3 municípios cada), Ceará, Rio Grande do Sul e Sergipe (com 2 municípios cada), Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas (1 município), Maceió, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Santa Catarina, Paraná (com 1 município cada) e Distrito Federal.

O principal objetivo da Virada Ambiental é sensibilizar para as questões ambientais por meio do plantio de árvores. “A proposta é fazer um movimento verde em que todos os municípios goianos possam no dia 22 plantar ao menos mil árvores em cada região e isso faz com que a gente tenha uma maior sensibilidade para a temática ambiental e naturalmente resgate os serviços ambientais que essas árvores prestam”, afirma o coordenador-geral da Virada Ambiental e professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (Eeca UFG), Emiliano Lôbo de Godoi.

Além da adesão dos outros 16 estados e do Distrito Federal, Emiliano destaca dois pontos de avanço na Virada Ambiental 2023 em relação às edições anteriores. Um deles é o início das capacitações de 300 gestores públicos municipais em uma parceria da UFG com a Escola do Legislativo para que esses municípios possam ter uma gestão ambiental fortalecida.

A partir do plantio de árvores para a revegetação de áreas degradadas ocorre uma maior infiltração de água no solo e consequentemente a manutenção de bacias hidrográficas. “A nossa expectativa é que a Virada Ambiental promova também um processo de conscientização e preservação, em especial das áreas de preservação permanente, que são essas áreas ao redor de nascentes e ao longo dos mananciais de abastecimento”, complementa.

Rompimento de barragem
Outro passo é a adesão de municípios que foram impactados pelo rompimento da barragem de Mariana (ocorrido em 2015 e que afetou 230 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo) à Virada Ambiental. Um desses municípios é Barra Longa, de 5 mil habitantes, e que teve ruas, praça central e casario histórico atingido pela lama. “Eu sinto uma gratidão muito grande enquanto servidor público e professor da Universidade Federal de Goiás poder dedicar trabalhos para a recuperação de áreas dessa maneira”, emociona-se Emiliano.

Parceiros
Desde o início, a Virada Ambiental começou muito articulada com dezenas de parceiros que desempenham diferentes papéis, um ajudando o outro. “A palavra-chave da Virada Ambiental é parceria e jamais existiria se não fossem parceiros institucionais e de pessoas físicas que participam do projeto. Essas instituições nos permitem ter uma grande capilaridade, chegar às prefeituras municipais que é onde tudo acontece. Afinal, o problema ambiental está no município e não no estado e nem na União. Se não fossem as parcerias estabelecidas dentro da Virada Ambiental a gente não teria essa abrangência tão grande”, afirma o coordenador-geral.

Alguns dos parceiros históricos da Virada Ambiental são a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa-GO), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Associação Goiana de Municípios (AGM), Receita Federal, Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma-GO), Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) por meio da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Saneago, Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), União dos Vereadores do Estado de Goiás (Uvego) e Federação Goiana de Municípios (FGM).

Trabalho o ano inteiro
A Virada Ambiental envolve um trabalho que dura praticamente o ano inteiro. Todos os anos é aberto o período de adesão dos municípios ao projeto, que é feita de forma voluntária pelo prefeito local por meio de um termo de adesão. Os locais de plantio das árvores, que normalmente são feitos em áreas degradadas são escolhidos em cada município, que recebem orientações técnicas de como preparar esses lugares para receberem as mudas, bem como há a preparação e seleção das mudas para cada um desses municípios.

UFG Sustentável
A Virada Ambiental é um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás e surgiu no ano de 2019 fruto de um programa chamado UFG Sustentável. Em 2019 foi feito o inventário de carbono da Universidade e a partir daí surgiu a ideia de plantar árvores não só dentro da Instituição, mas também em outros municípios. O projeto tem crescido ano a ano e em 2023 chega a 16 estados e ao Distrito Federal.

“Até 2020, já haviam sido plantadas mais de 2 milhões de árvores dentro dessa iniciativa só no Estado de Goiás. A partir de 2021 tivemos a participação de outros estados dentro da Virada Ambiental. De acordo com a nossa contabilidade, hoje a Virada Ambiental já é responsável pelo plantio de mais de 4 milhões de árvores no Brasil. Dentro de tudo isso, desponta o papel principal da Universidade Federal de Goiás, que é uma instituição pública, de devolver para a sociedade parte do que recebe como investimento. É um grande privilégio poder participar de um projeto de extensão desta magnitude”, afirma Emiliano Lôbo.

Na avaliação do coordenador da Virada Ambiental e professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (Eeca) da UFG, Emiliano Lôbo de Godoi, o papel da Virada Ambiental dentro da questão da drenagem urbana é no sentido de promover, também, a infiltração de água no solo. Consequentemente, diminui-se o escoamento superficial e passa a ter menos áreas inundadas. A Virada Ambiental colabora diretamente no trabalho de drenagem urbana, que é um outro projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás, favorecendo assim a qualidade de vida nas áreas urbanas, em especial em Goiânia.