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48% dos goianos dizem que serviço de energia piorou após privatização

Percepção negativa é maior em diferentes recortes, como faixa etária, escolaridade, renda domiciliar, região e avaliação do governo estadual


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 16/04/2024 - 19:38

Entre os entrevistados, 27% afirmaram que o serviço continua igual e 23% avaliaram que melhorou

Para 48% dos eleitores goianos, o serviço de distribuição de energia elétrica piorou após a privatização da antiga Celg Distribuição (Celg-D). O dado é da pesquisa Genial/Quaest, divulgado nesta terça-feira (16). Entre os entrevistados, 27% afirmaram que o serviço continua igual e 23% avaliaram que melhorou. Outros 2% não responderam.

Em todos os recortes feitos no levantamento (por sexo, faixa etária, escolaridade, renda domiciliar, região, avaliação do governo estadual e ideologia) os maiores porcentuais são daqueles que afirmam que o serviço piorou.

A italiana Enel assumiu a Celg-D em 2017. Após anos de prejuízos e resultados ruins junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa foi vendida, no fim de 2022, por R$ 1,51 bilhão à Equatorial.

De acordo com a Genial/Quaest, 50% dos moradores de Goiânia disseram que o serviço piorou desde a privatização, 24% avaliaram que ficou igual e outros 24% afirmaram que melhorou. Na região metropolitana, 43% disseram que a situação piorou. No interior, o porcentual foi de 48%.

Relação com governo

A pesquisa também mostra que o porcentual de avaliação ruim sobre o serviço é maior entre os eleitores que classificam a gestão do governador Ronaldo Caiado (UB) como regular ou negativa. Entre os entrevistados que avaliam a gestão de Caiado como regular, 56% afirmaram que o serviço de energia piorou desde a privatização.

Entre os que veem o governo estadual como ruim, o porcentual de avaliação negativa da energia elétrica é de 55%. Já entre os eleitores que classificam a gestão de Caiado como positiva, 45% disseram que o serviço ficou pior.

A Genial/Quaest mostrou na semana passada que o governo Caiado é aprovado por 86% dos eleitores goianos e desaprovado por 12%. A gestão foi considerada positiva por 70% e regular para 22%. Outros 6% classificaram como negativa.

Fiscalização

Em ranking divulgado em março deste ano, a Aneel considerou a Equatorial Goiás a pior distribuidora de energia elétrica de grande porte do País. O resultado levou em consideração 29 empresas e é relacionado ao serviço prestado em 2023.

De acordo com a Aneel, os consumidores goianos passaram em média 21,96 horas sem fornecimento de energia no ano passado. O número ficou acima do limite de 11,45 horas que havia sido estabelecido pelo órgão regulador.

Em nota, a Equatorial argumentou que não é responsável pelo atual estado da rede de distribuição em Goiás e disse que o trabalho “segue em ritmo acelerado em todas as regiões” do estado. “A concessionária salienta que iniciou a operação, há pouco mais de um ano e que, desde então, tem feito grandes investimentos num enorme plano de ação e recuperação da rede. Em um ano, a Equatorial investiu mais de R$2 bi em uma série de obras para o fortalecimento do sistema elétrico, com foco na reconstrução e na continuidade do serviço”, informou a empresa.

Amostra

Os dados para o levantamento foram coletados entre 4 e 7 de abril, em entrevista presencial, com aplicação de questionários estruturados a eleitores goianos com 16 anos ou mais. Foram feitas 1.127 entrevistas e a margem de erro é de 2,9 pontos porcentuais. O nível de confiança é de 95%.

Fonte: O Popular