Após meses de articulações e conversas com diversas legendas, o PSDB deve oficializar nas próximas semanas a fusão com o Podemos. A expectativa, segundo fontes ligadas aos dois partidos, é que a união seja formalizada na primeira semana de maio. Com o avanço das tratativas, as siglas já iniciaram a elaboração de um novo estatuto e discutem a definição de nome e número junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Uma das possibilidades discutidas pelas direções partidárias é a criação de um “movimento”, semelhante às antigas coligações, que manteria os nomes atuais das legendas. Ainda assim, lideranças não descartam uma mudança definitiva no nome da nova sigla. A decisão deve ser tomada após o feriado de Tiradentes, em reuniões já agendadas.
O PSDB é o principal interessado na fusão, motivado pela necessidade de reestruturação diante da perda de protagonismo no cenário político nacional. Desde o ano passado, os tucanos têm buscado alternativas para superar a cláusula de barreira das eleições de 2026, que exige o mínimo de 13 deputados federais eleitos e 2,5% dos votos válidos em nível nacional. Atualmente, o PSDB conta com 13 deputados na Câmara, enquanto o Podemos soma 15.
A união das duas legendas garantiria a manutenção do acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV, fatores essenciais para a sobrevivência eleitoral. O Solidariedade, comandado por Paulinho da Força (SP), acompanha as negociações de perto e estuda formar uma federação com a nova legenda, também com o objetivo de evitar sanções da cláusula de barreira.