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Aluguéis aumentam 37,39% em 12 meses em Goiânia


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 03/09/2023 - 06:51

Nos últimos 12 meses, Goiânia liderou o aumento nos preços de aluguel no Brasil, com um impressionante acréscimo de 37,39%. Esse crescimento superou em muito a média nacional de 16,27%. A cidade também se destacou no ranking das maiores altas, deixando cidades como Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro para trás. O levantamento foi feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Zap +, que analisa dados do mercado imobiliário.

Diego Amaral, advogado especializado em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, explica de maneira direta a raiz desse aumento nos preços. “Goiânia possui atualmente um grande número de lançamentos imobiliários, que faz com que o valor do metro quadrado aumente para venda, o que irá repercutir também nas locações. Após a entrega desses imóveis, as pessoas acabam alugando, em consequência disso ocorre a alta do valor de locação”, explica.

Essa atividade frenética contribuiu para elevar não apenas os preços de venda, mas também os de locação. A alta demanda por imóveis na fase de projeto e a busca por unidades bem situadas para locação também têm desempenhado um papel significativo na elevação dos preços. Consequentemente, é provável que o cenário de aumento nos preços de locação perdure nos próximos meses de 2023, impulsionado pelo contínuo crescimento dos empreendimentos e das melhorias urbanas que têm impacto direto no valor do metro quadrado.

Dinâmica

A valorização dos aluguéis em Goiânia, com um aumento de 37,39% em 12 meses, pode ser atribuída a uma série de fatores. A crescente procura por novos imóveis, tanto na planta quanto a recomposição de preços após a pandemia, têm impulsionado a alta demanda. Além disso, a contínua derivação do desenvolvimento imobiliário ao longo dos últimos anos e a variação dos indexadores de aluguel influenciam essa tendência ascendente. A presença de novos empreendimentos no mercado, combinada à busca por propriedades bem localizadas para locação, também contribui para o aumento do valor do metro quadrado nas cidades.

Expectativa

Para 2023, espera-se uma continuação no aumento dos preços de locação, com a cidade enfrentando uma realidade de tendência ascendente. O considerável número de lançamentos imobiliários residenciais e comerciais em Goiânia está impulsionando essa escalada de preços. O advogado observa que a valorização de áreas, melhorias urbanas e parcerias público-privadas também têm impacto direto no valor do metro quadrado para venda.

Déficit crescente

O primeiro semestre de 2023 trouxe desafios financeiros significativos para os municípios goianos. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 65% dos entes municipais encerraram esse período no vermelho, apresentando déficits em suas contas. Esse aumento alarmante em relação a 2022, quando o percentual era de 18%, reflete a pressão crescente sobre as finanças municipais em todo o país. Despesas crescentes e diminuição das receitas têm contribuído para esse cenário preocupante, gerando a necessidade de soluções urgentes para estabilizar as finanças locais.

Custo da crise

O estado de Goiás enfrenta desafios financeiros específicos que agravam a situação dos municípios. O percentual de comprometimento da receita com despesas, especialmente pagamento de pessoal e custeio da máquina pública, atingiu níveis críticos, chegando a destinar 97% dos recursos arrecadados para essas finalidades. Isso, aliado a questões como reajustes salariais, pressão do piso do magistério e atrasos em emendas parlamentares, contribui para a complexidade do quadro fiscal. A redução das emendas de custeio e a diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) agravam ainda mais a situação. É essencial um esforço conjunto entre autoridades locais e federais para encontrar soluções viáveis e sustentáveis, garantindo o funcionamento adequado dos serviços públicos e o bem-estar da população.

Propostas

Para reverter a sobrecarga de serviços que recai sobre os entes locais sem a correta alocação de recursos, a CNM atua por medidas que possam distribuir de forma mais efetiva as receitas do país. Uma delas é o aumento de 1,5% no FPM de março, que tramita na PEC 25/2022, e, se aprovada, representará R$ 433,8 milhões. Há ainda a redução da alíquota patronal do INSS para 8% em municípios de até 156 mil habitantes (PL 334/2023), a recomposição do ICMS (PLP 94/2023), com R$ 397,6 milhões aos cofres municipais, e o fim do voto de qualidade do Carf (PL 2384/2023), com potencial de injetar R$ 1,3 bilhão no FPM, entre outros.

Cooperação

O governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, conduziu a visita do embaixador de Israel, Daniel Zonshinee, a Flores de Goiás, buscando estabelecer uma parceria para impulsionar a produção agrícola no Nordeste goiano. A troca de conhecimento e tecnologia visa transformar a região em polo fruticultor. Vilela destacou a importância de cooperações internacionais, enquanto Zonshinee manifestou interesse na colaboração. O secretário Pedro Leonardo Rezende considerou a visita como histórica, com foco em alternativas de renda para a agricultura familiar.

Projeto de irrigação

Projeto Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã beneficiará 150 agricultores familiares em Flores de Goiás, São João D’Aliança e Formosa. Em 300 hectares, espera-se produzir 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ciclo a partir do segundo e terceiro ano. A irrigação traz esperança para produtores, como Ana Clezia Santos, que antes enfrentavam estiagem. Parceria inclui Agrodefesa, Emater, UFG, entre outros.

Investimentos

Recursos federais de R$ 95,4 bilhões já foram investidos ou reservados ao Maranhão para apoiar o desenvolvimento do estado em diversas áreas. Os investimentos em infraestrutura, saúde, assistência social, cultura, esporte e agronegócio permitirão ao estado reduzir a desigualdade e ampliar a qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, gerarão mais emprego e renda e terão reflexo em todos os 217 municípios maranhenses.