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Festa Literária de Pirenópolis terá palestra de Rossandro Klinjey, show de Toquinho, lançamentos de livros, oficinas, teatro e muito mais


Avatar Por Redação em 24/09/2021 - 00:00

Foto: Augusto Miranda/MTur
Como um sopro de esperança diante da pandemia que assola a sociedade, a 11ª FLIPIRI – Festa Literária de Pirenópolis volta a ser realizada em formato híbrido, com ações presenciais e virtuais, com o objetivo de propor a superação do difícil momento da humanidade por meio da literatura, sob o lema “E o mundo não acabou”. Durante três dias, de 23 a 25 de setembro, a cidade goiana de Pirenópolis, ou Piri para os habitués, recebe mais de 80 atividades gratuitas, entre lançamentos de livros, oficinas, debates, conversas, saraus e apresentações musicais e teatrais, que reafirmam o vigor e a necessidade da arte para os novos tempos.
A realização da FLIPIRI é do Instituto Cultural Casa de Autores (ICA) e da Secretaria de Educação/Prefeitura de Pirenópolis e uma co-realização do Sesc Goiás.
A escolha do tema condutor da Flipiri deste ano busca promover uma reflexão sobre o momento atual da produção artística e das novas formas de convívio social. “É um título provocativo, para refletir sobre o papel da literatura nesse momento”, sugere o escritor e curador da festa, Maurício Melo Junior. “O artista não ficou parado nesta pandemia. Muita gente se dedicou a escrever e a criar novos mecanismos de veiculação. Não podemos fazer tudo o que sonhamos, mas estamos, mais uma vez, trazendo um instante precioso para Pirenópolis. Serão palestras, oficinas, livros, contações de histórias, teatro, música, tudo de bom que uma festa literária tem a oferecer”, resume.
A Flipiri promoverá lançamentos de vários livros de autoras e autores de várias localidades, e das mais variadas vertentes, desde literatura infantil a musicalidade, com destaque especial à promoção das riquezas da região. Entre os convidados nacionais para o evento, estão o renomado escritor, psicólogo e professor Rossandro Klinjey, que apresentará a palestra-tema do evento “E o mundo não acabou”, e o cantor e compositor Toquinho, com um show de voz e violão em homenagem a Vinicius de Moraes.
Além disso, a Flipiri reafirma seu compromisso com a sensibilização de novos públicos, conforme diz o prefeito de Pirenópolis, Nivaldo Melo: “Através das atividades estamos construindo uma rede literária oportunizando o acesso ao livro e à vivência com autores por meio de oficinas de formação e estímulo a leitura”. A décima primeira edição do evento será realizada de forma híbrida, com atividades presenciais e on-line, como forma de democratizar ainda mais a participação estudantil.
No dia 23 de setembro haverá itinerância virtual nas escolas da cidade – e presencial para as escolas rurais. A Flipiri alcançará, deste modo, mais de 5 mil crianças e jovens, como parte do esforço de sensibilização de novos públicos. “Como aguardamos o retorno da nossa Flipiri. Os livros, o carisma dos autores, as oficinas com professores, as produções e recontos dos alunos. Serão dias de intensa programação e envolvimento das escolas urbanas e rurais, formando leitores e promotores da leitura”, comemora a secretária de Educação do município, Márcia Aurea.
Com o gradual avanço da vacinação contra a Covid-19, a edição presencial da Flipiri se faz possível, mas não abre mão de um controle de acesso reforçado ao evento, observando rigorosamente as regras sanitárias vigentes de prevenção à doença pandêmica. Deste modo, a ocupação de lugares será restrita dentro do permitido pela legislação local com relação ao número de pessoas, haverá medição de temperatura e será disponibilizado álcool em gel em todos os locais onde acontecerão as atividades. As vagas, portanto, são limitadas e é necessário realizar inscrição prévia para participação em oficinas e palestras. Algumas atividades serão exclusivas para professores e alunos. Acompanhe no site do evento as informações sobre disponibilidade de vagas e formas de inscrição (www.flipiri.com.br).
A realização também tem o apoio das Secretarias de Cultura de Pirenópolis, Secretarias de  Educação e de Cultura do Estado de Goiás, Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Múscia (Aplam), Radar, Saneago e pousadas Quinta Santa Bárbara e Villaê e Vinícola Assunção.

Homenagens Poéticas

Nesta décima primeira edição, a Flipiri homenageia os poetas Afonso Félix de Sousa (1925-2002) e Vinicius de Moraes (1913-1980), o nosso poetinha. A escolha de celebrar Afonso Félix vem de sua enorme contribuição para as letras e a ausência de um reconhecimento à altura de sua obra. “Queremos falar sobre a importância dele para a literatura brasileira”, reafirma o curador Maurício Melo.
Contemporâneo de João Cabral de Melo Neto e integrante da terceira geração de modernistas da literatura nacional, Félix foi um poeta multipremiado e fundador da Associação Nacional de Escritores (ANE). Para celebrá-lo, a Flipiri realiza uma roda de conversa com autores da região.
A homenagem a Vinicius de Moraes vem por ocasião dos 40 anos da morte do saudoso compositor e escritor carioca, completos no ano passado. “Embora ele seja conhecido como poeta da paixão, ele era o poeta da esperança também”, justifica o curador. Vinicius deixou uma contribuição inigualável para a literatura e para a música brasileira a partir de seus sonetos, poemas e canções.
Na noite de sexta-feira (24), durante a abertura oficial da Flipiri, as cerimonialistas Régia Diniz e Liduína Bartholo recitam poemas de ambos os homenageados. Na sequência, o cantor e compositor Toquinho apresenta o show em tributo ao seu antigo parceiro de composição e dos palcos. Poeta e violão encontram-se mais uma vez em forma de saudade para proclamar a esperança por dias melhores. No repertório, estão previstos clássicos da dupla como Canto de Ossanha, Chega de Saudade, Insensatez e Garota de Ipanema. Ambas as atividades são promovidas pelo Sesc-GO.

Conferência de Abertura

O sentimento universal de terra arrasada deflagrada com a pandemia da Covid-19 inspirou o tema da FLIPIRI e, portanto, da conferência de abertura “E o mundo não acabou”. Para abrir o evento, a organização da festa literária convidou um dos mais proeminentes autores e educadores do desenvolvimento humano, o professor Rossandro Klinjey.
Klinjey é palestrante, escritor, psicólogo clínico mestre em saúde coletiva, empreendedor e educador focado no desenvolvimento de competências socioemocionais. Fenômeno nas redes sociais, reunindo mais de cem milhões visualizações de seus vídeos, o paraibano foi consultor do programa “Encontro”, com Fátima Bernardes, e é também um autor prolífico, tendo lançado obras como “As cinco faces do Perdão”, “Help: me eduque!” e “Eu escolho ser feliz”.
Na conferência, Rossandro abordará a questão psicossocial da nossa sociedade com vistas à superação dessa percepção apocalíptica de que o mundo estaria piorando. O professor propõe caminhos para a compreensão desse sentimento no mundo complexo de hoje.

Estímulo a Autores Locais

Dentre os lançamentos, rodas de conversas e saraus poéticos, a Festa Literária de Pirenópolis reserva uma grande porção das atividades para estimular a produção artística local. Na tarde de sexta-feira (24), a Flipiri reúne autores estreantes da cidade, que estão lançando seus primeiros livros, dentro da Coleção Arterial. A coleção é um projeto que visa desenvolver a capacidade de escrita em jovens autores, além de propiciar o lançamento de iniciativas independentes e autorais.
Como parte do viés de valorização da literatura regional, a Editora Mais Amigos apresenta publicações dentro do projeto de apresentar cidades e unidades da federação ao público infanto-juvenil, principalmente estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Durante a Flipir, serão lançados dois: “Venha conhecer Goiás”, de Dani de Brito; e “Venha conhecer Pirenópolis”, de Íris Borges, com ilustrações de Sérgio Pompeo.
As publicações mostram panoramas das regiões a partir de uma linguagem leve, poética e informativa. Embora seja um projeto voltado sobretudo para aborda os estados, a cidade de Pirenópolis foi contemplada por sua singularidade e pela sua relação com a editora, a autora e o ilustrador com o charmoso município goiano.
Iris Borges, autora mineira radicada em Brasília e apaixonada por Piri, foi a idealizadora da Flipiri, inspirada no projeto da Flip, em Paraty (RJ). E, depois, de tanto tempo pensando sobre a cidade e realizando o evento que colocou a região na rota do livro e da leitura, resolveu colocar no papel o seu amor por Pirenópolis. “Tive muito prazer em fazer esse livro e queria muito que ele fosse ilustrado por um artista local”, relata Iris, que incumbiu o artista plástico Sérgio Pompeo da missão de apresentar de modo lúdico as imagens da cidade.
Entre outros lançamentos previstos para ocorrer durante a Flipiri, há ainda o novo livro do poeta matogrossense radicado em Brasília Nicolas Behr, “Aves, cores e flores do Cerrado”. Nele, Behr deixa de lado a temática centrada na capital brasileira para apresentar sua faceta de militante do meio ambiente, com uma obra que versa sobre a fauna e a flora do bioma que o inspira.

Educação e Infância

Um dos traços mais característicos da Flipiri é o de contribuir com a formação de leitores e sensibilização de novos públicos. Por isso, grande parte da programação será reservada à promoção do livro e da leitura entre crianças e jovens. Desse modo, a festa realiza uma série de atividades com estudantes, que envolvem tanto programas de leitura, contação de histórias e brincadeiras lúdicas.
Para professores, educadores, pais e mães, também há um programa especialmente dedicado a promover novas metodologias e estratégias para se ensinar tanto em sala de aula como em casa. Será uma série de oficinas formativas temáticas, que abordam os benefícios da leitura, ensino de conhecimentos lógicos e fundamentais, métodos para contar história e demais possibilidades de aprimoramento do ensino.
Para o nicho infanto-juvenil também haverá lançamentos literários específicos, acompanhados de mesa de autógrafos e atividades recreativas. Dentre as atividades, estão a contação de história do livro “A menina cata-vento”, seguido de confecção de um catavento de papel; e o lançamento dos livros “No reino da mijolândia”, da autora Fernanda Camargo; e “Pedroca, o professor Pipoca” do autor Alexandre Parente.
Além dessas atividades, haverá espetáculos teatrais para crianças, saraus literários e o já tradicional encontro de ilustradores. Confira em detalhes a programação da 11ª Flipiri em www.flipiri.com.br.

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