A vereadora Kátia Maria (PT) define como expressiva a vitória da oposição ao prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, o não reconhecimento da situação de calamidade pública nas finanças municipais. Primeiro, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) se posicionou contrário à calamidade financeira, reconhecendo-a apenas na saúde municipal, a partir de um questionamento feito pela vereadora. Depois, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) seguiu o TCM e votou contra a calamidade nas finanças da capital.
“Acho que foi uma vitória e foi uma vitória expressiva”, avalia a vereadora. “A população precisa entender que o decreto de calamidade autorizava o prefeito durante um ano a fazer contratação sem licitação. Se nós questionávamos o Rogério Cruz, que fazia adesão de ata, pense uma prefeitura, durante um ano inteiro e em todas as secretarias, podendo fazer contrata de forma indiscriminada sem seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Licitações”, enumerou a parlamentar, durante a abertura da 20ª Legislatura da Câmara de Goiânia, que contou com a presença do prefeito Sandro Mabel (UB).
Para ela, não existe de fato calamidade financeira. “Goiânia tem uma previsão orçamentária de 10 bilhões e uma dívida de 3,6 bilhões. Nem de longe chega perto do que a LRF fala”, pontua. Ela acrescenta que esse comportamento foi um indicativo de como vai ser o comportamento da oposição em relação ao Paço Municipal. “Com toda certeza, nós buscaremos o diálogo, mas sempre que precisar recorrer à justiça, nós usaremos os instrumentos necessários para defender o interesse do povo de Goiânia”, asseverou.