De acordo com a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do trigo no Brasil se mantiveram estáveis para a qualidade superior. No Rio Grande do Sul, o preço médio local subiu para R$ 69,13 por saco, enquanto em Paraná, o preço permaneceu em R$ 76,00 por saco nas principais praças.
Recentes geadas impactaram lavouras no Paraná e em parte de Santa Catarina, onde a maior parte das lavouras paranaenses está em floração e frutificação, com 28% em maturação. No Rio Grande do Sul, 83% das lavouras estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, e 17% em floração.
Os preços internacionais e a taxa de câmbio continuam a afetar as paridades de importação e exportação. A previsão para a safra 2024/25 é que o Brasil mantenha o ritmo de importações, o que pode limitar as exportações.
No mercado gaúcho, a demanda segue lenta devido a estoques bem abastecidos e problemas de qualidade, resultando em redução na moagem e cancelamento de pedidos. Em Santa Catarina, a demanda restrita por farinhas também está impactando a atividade dos moinhos.
No Paraná, o trigo tipo 1, safra 2024, é oferecido a R$ 1.550,00 por tonelada, com pagamento sobre rodas e entrega imediata. Caso a entrega seja fora do estado, haverá incidência de ICMS.
Globalmente, os Estados Unidos aprovaram o cultivo do trigo transgênico HB4, desenvolvido na Argentina e aprovado no Brasil pela CTNBio. Este trigo, resistente à seca e com potencial de aumento de produção de até 20% em estiagem, está em fase de testes e deve estar disponível para produtores na safra de 2026.