Competição mais atrativa financeiramente do calendário brasileiro no primeiro semestre, a Copa do Brasil vai distribuir premiação com valores que enche os olhos de times e dirigentes em todos os cantos do país. Desde a primeira fase, que conta com 80 clubes oriundos das quatro divisões nacionais, até a premiação final, a Copa do Brasil garante premiação a partir de R$ 830 mil até o montante que passa de R$ 100 milhões, se o campeão for oriundo das séries A e B. Atlético, Vila Nova e Aparecidense são os três clubes goianos na Copa do Brasil em 2025.
Dois jogos abriram a competição ontem. O Atlético Mineiro foi a Tocantinópolis e venceu o time da casa por 2 a 0 e se classificou para a próxima fase. O Vasco da Gama enfrentou o União Rondonópolis no Espírito Santo por três a zero e também avançou na Copa do Brasil. O Goiás, vivendo uma das piores fases técnica e administrativa de sua história, não se classificou para a competição desse ano.
Os três times goianos estreiam fora de casa. Não existe mais a vantagem do empate para o visitante. Se a partida terminar empatada, a decisão acontece através da cobrança de penalidades máximas. O Atlético Goianiense é o primeiro time a entrar em campo pela Copa do Brasil. Joga hoje em Arapiraca, Alagoas, contra o ASA. O Vila Nova pega a Internacional de Limeira no interior paulista e a Aparecidense vai a Votuporanga enfrentar a Votuporanguense em jogos programados para a próxima semana.
O Atlético encara com muita seriedade a competição e por isso leva o time titular para enfrentar o ASA em Arapiraca. Será um jogo em que as duas equipes vão defender um período de invencibilidade nos campeonatos regionais. O ASA está invicto há sete jogos, tendo sofrido apenas um gol. O Dragão chegou à vice-liderança do goianão e somou a sexta partida de invencibilidade.
Crise sem fim
No Goiás, a crise técnica e administrativa parece não ter fim. Com a morte de Hailé Pinheiro, o clube perdeu o norte. Primeiro, mudaram o estatuto para não permitir que dirigentes contrários à família Pinheiro assumissem o comando do clube. A figura do Presidente Executivo foi extinta e em seu lugar foi criada a função do CEO, subordinado ao Conselho de Administração. Não deu certo. Em campo, o time vai de mal a pior e o trabalho do Executivo de Futebol, Lucas Andrino é questionado pela torcida e pelos analistas da imprensa.
Ao mesmo tempo, o trabalho do técnico Jair Ventura não agrada, o time não joga um futebol convincente e caminha para a eliminação nas próximas fases do campeonato goiano. Lucas Andrino já montou três elencos no Goiás, nenhum deu certo e o atual parece ser o pior deles. E o que mais incomoda é que o Goiás vai se tornando pequeno e não há reação por parte dos dirigentes. Espera-se que os ex-dirigentes tradicionais do clube apareçam e assumam o controle desse grande barco que está à deriva. O Goiás está perdendo sua identidade, sua torcida e a hegemonia no futebol goiano.
Em campo, o que se observa é um técnico birrento, com preferências no elenco e perseguição a jogadores que não faz parte do seu grupo. Assim é com Edson Carioca e o lateral DG, que não correspondem mas estão sempre entre os titulares. Por outro lado, o venezuelano Esli Garcia não joga com Jair Ventura. Foi uma contratação que agradou em cheio a torcida e analistas da imprensa local. Mas teve pouquíssimas oportunidades e quando entrou em campo, foi escalado fora de sua posição de origem. Alguém tem que assumir o comando do Goiás, antes que seja tarde. Um clube da importância do Goiás não pode continuar caminhando na direção do fracasso sem nenhuma reação. Os “homens de ouro” do time da Serrinha precisam reagir. A torcida quer ver de volta nomes como Raimundo Queiroz, Wagner Vilela, Sérgio Rassi, Melchior Duarte, Rubens Brandão e outros valorosos esmeraldinos que ajudaram a construir a história desse clube e estão afastados.