O Governo de Goiás deu início às obras no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna para receber, em março de 2026, a etapa brasileira do MotoGP — principal campeonato mundial de motovelocidade. A expectativa é de que o evento traga os melhores pilotos do planeta de volta à capital goiana, 37 anos após a última corrida da categoria na cidade, realizada em 1989.
As intervenções estruturais começaram no último dia 26 de março, com foco na modernização da pista e na segurança dos competidores, conforme os padrões exigidos pela Federação Internacional de Motociclismo. A ação é resultado do contrato firmado em dezembro de 2024 entre o Governo de Goiás e a Dorna Sports, promotora oficial do MotoGP.
“Estamos com as intervenções dentro dos prazos previstos no planejamento. Entregaremos todas as melhorias dentro do que foi estabelecido junto à Dorna Sports e à Federação Internacional de Motociclismo”, afirmou o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rudson Guerra. Segundo ele, o governador Ronaldo Caiado determinou prioridade máxima para a execução das obras.
Além da pista, que passará por recapeamento completo a partir de abril, outras áreas já estão sendo reformadas desde janeiro, como boxes, camarotes, prédio administrativo, torre de controle e o centro médico do autódromo.
Entre as mudanças na pista estão o alargamento da reta principal em cerca de um metro e o aumento das áreas de escape. Elementos de segurança como muretas de contenção, guardrails, barreiras de pneus e caixas de brita também estão sendo adequados. As obras da parte interna do circuito são de responsabilidade da Brasil MotorSports, promotora local do evento.
Legado e impacto econômico
O contrato prevê a realização da etapa goiana do MotoGP por cinco temporadas consecutivas, entre 2026 e 2030. De acordo com estudo do Instituto Mauro Borges (IMB), o evento deve atrair cerca de 100 mil visitantes por edição e gerar um impacto financeiro de quase R$ 1 bilhão ao estado.
“A vinda do MotoGP para Goiás vai trazer benefícios que vão muito além do aspecto esportivo e de entretenimento. Teremos aquecimento na economia, visibilidade internacional e um legado de estrutura que vai beneficiar o esporte e o turismo por muitos anos”, avaliou Rudson Guerra.