Planeta Terra acelera rotação e terá dia mais curto do ano em agosto

O planeta Terra está girando ligeiramente mais rápido do que o normal, e essa aceleração deve atingir novos picos nas próximas semanas, sendo que o dia mais curto será em agosto. De acordo com o site especializado Time and Date, nesta quarta-feira (9), o planeta completará sua rotação 1,30 milissegundo mais rápido do que as 24 horas convencionais. Situação semelhante deve ocorrer em 22 de julho e 5 de agosto, data que tem potencial para registrar o dia mais curto do ano.

Esse fenômeno, apesar de imperceptível para as atividades do dia a dia, tem chamado atenção da comunidade científica. Desde 2020, os pesquisadores observam uma inversão na tendência histórica: ao contrário do que ocorria há séculos — quando o planeta girava gradualmente mais devagar —, a Terra passou a acelerar levemente sua rotação.

A rotação da Terra pode ser influenciada por diversos fatores naturais, como:

• Atividades no núcleo terrestre;
• Movimentos sísmicos;
• Derretimento de geleiras;
• Variações nos ventos e na atmosfera.

Segundo cientistas, pequenas alterações no centro líquido do planeta ou mesmo a redistribuição de massas sobre a superfície (como o derretimento das calotas polares) podem impactar a velocidade da rotação.

O que muda na prática?

Na prática, cada rotação mais rápida significa que um dia completo na Terra leva alguns milissegundos a menos do que as 86.400 segundos convencionais (24 horas exatas). Esses desvios são monitorados com precisão atômica e, caso se acumulem significativamente, podem afetar sistemas digitais, como GPS, redes de comunicação e operações financeiras globais, que dependem de sincronização exata do tempo.

Caso a tendência continue, os especialistas cogitam a possibilidade de uma “segunda bissexta negativa” — ou seja, a retirada de um segundo do tempo oficial mundial, algo inédito na história moderna.

O dia mais curto já registrado

O dia mais curto já registrado até hoje foi em 29 de junho de 2022, quando a rotação da Terra foi 1,59 milissegundo mais rápida do que o normal. Esse tipo de oscilação reforça o interesse científico por entender como o planeta responde às mudanças climáticas e geológicas.

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