Goiânia registra 4º caso de raiva em morcego em 2024

Goiânia confirmou o quarto caso de raiva em morcego no ano de 2024. O animal, identificado como da espécie “Artibeus lituratus (frugívoro)”, foi descoberto sem vida no Setor Jaó, Região Norte da capital. A confirmação do diagnóstico ocorreu em 16 de abril.

O Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), responsável pelo monitoramento de casos de raiva animal na cidade, relatou que nenhum humano teve contato com o morcego, apenas os gatos da residência onde o animal foi encontrado. Embora já estivessem vacinados, os gatos receberam uma dose adicional da vacina antirrábica. Wellington Tristão, gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, explicou que o Ministério da Saúde não recomenda a vacinação em massa nessas situações, portanto apenas os gatos da casa foram reforçados.

Os três casos anteriores de morcegos positivos para raiva foram registrados nos bairros Chácara Samambaia (6/1), Urias Magalhães (31/1) e Jardim Guanabara (9/2), todos na Região Norte da capital. Os morcegos afetados pertencem às espécies Eptesicus diminutus (insetívoro), Molossus molossus (insectívoro) e Artibeus planirostris (frugívoro), respectivamente.

Em 2023, sete casos de morcegos positivos para raiva foram identificados em diversos bairros da cidade. Murilo Reis, diretor da DVZ, enfatizou a importância da vigilância e da vacinação antirrábica para prevenir a disseminação da doença entre animais domésticos e humanos.

A raiva é uma doença viral aguda que afeta mamíferos, incluindo seres humanos, com uma letalidade de quase 100%. É transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente através de mordeduras.

Murilo Reis também destacou que, apesar de os morcegos afetados serem frugívoros e insetívoros, não se alimentando de sangue, eles representam um risco se sentirem ameaçados e morderem humanos ou animais de estimação.

O DVZ recomenda que em caso de contato com animais suspeitos ou mortos, a população procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e, se necessário, profilaxia adequada contra a raiva. Além disso, pede-se que morcegos mortos sejam relatados à Vigilância em Zoonoses para recolhimento adequado.