skip to Main Content

Não passa de balela


Andréia Bahia Por Andréia Bahia em 14/01/2024 - 01:30

Nos últimos dias todos os políticos goianos adotaram uma espécie de mantra ao comentar as eleições municipais: que o pleito será determinante para a eleição de 2026.Como se os prefeitos e vereadores eleitos fossem se tornar o alicerce da próxima campanha para governador. Balela! O eleitor da cidade mal consegue vincular sua condição de vida ao desempenho do administrador local, quiçá ao que ocupa o Palácio das Esmeraldas.

Ademais, o frequente troca troca de partidos a que os políticos se habituaram a fim de garantir cargos e postos não possibilita ao eleitor vincular candidatos entre si ou a partidos.

Em tempo, a próxima janela partidária se aproxima e, neste ano, será permitido trocar de legenda entre 7 de março a 5de abril, data final do prazo de filiação exigido em lei para quem pretende concorrer às eleições de 2024.Aregra é válida somente para vereadores em fim de mandato. Em março, portanto, estará aberta a temporada de caça à melhor viabilidade eleitoral.

Essa adaptabilidade dos políticos à correlação de forças políticas que predomina no momentos e estende aos partidos políticos, que também buscam se acomodar junto aos que estão no poder. Quem consegue definir o perfil ideológico de partidos como MDB, Solidariedade, PRTB, PSC, Avante, PV, Podemos, PTB, Progressistas, Republicanos e PDT, que fazem parte da base de apoio do governador Ronaldo Caiado? São adaptativos.

Os políticos, no fundo, sabem que esperar que o eleitor faça esse exercício de vincular resultados administrativos locais satisfatórios apolíticos e partidos, quando na verdade o que os une é sempre uma condição efêmera, é uma aposta sem cartas.

O tal mantra adotado pelos políticos, principalmente da base de Caiado, é de fato um critério que inventaram para justificar a seleção de nomes que podem ou não representar a base na eleição municipal. Não passa de balela.