Tic, tac… O relógio eleitoral está correndo, e o suplente de deputado federal Márcio Corrêa (PL) se aproxima cada vez mais de uma vitória em Anápolis. A três dias da votação, o cenário que parecia desenhado para o retorno de Antônio Gomide (PT) se desfez, engolido por uma onda de bolsonarismo que colocou Corrêa na dianteira. Pesquisas de intenção de voto ainda no primeiro turno já apontavam empate técnico e previam uma virada. Entretanto, o bolsonarista esteve a 1% de liquidar a fatura logo no primeiro turno.
Márcio Corrêa, que trocou o MDB pelo PL em março, encontrou no novo partido o caminho ideal para se alinhar ao bolsonarismo e garantir o apoio das bases conservadoras da cidade. Se tivesse permanecido no MDB, dificilmente estaria na posição em que se encontra hoje: prestes a confirmar a vitória no segundo turno da eleição. A mudança de partido foi fundalmental, permitindo que Corrêa adotasse a “armadura bolsonarista”, crucial para sua ascensão. Em ares emedebistas, talvez sequer fosse candidato…
Com o apoio direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que esteve em Anápolis em três ocasiões durante a campanha, Márcio Corrêa viu sua popularidade crescer em ritmo acelerado. O sentimento anti-petista, reativado pelas visitas do ex-presidente, varreu a cidade e enfraqueceu a candidatura de Gomide, que, embora tenha liderado as pesquisas iniciais, não conseguiu superar a resistência ao PT nesta eleição.
O setor produtivo anapolino já trata Correa como próximo prefeito e levantamentos de intenção de voto de diversos institutos e empresas respaldam esse sentimento. Exata, Goiás Pesquisas, Serpes destacam um contexto favorável ao liberal. Tic, tac… O relógio segue correndo, e Márcio Corrêa está cada vez mais perto de sacramentar a vitória. Enquanto o tempo avança, o bolsonarismo engole Gomide. A três dias da eleição, o resultado parece questão de tempo.