A Polícia Federal identificou movimentações financeiras suspeitas envolvendo o cantor Gusttavo Lima, o pastor Valdemiro Santiago e o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho em uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). As transações foram rastreadas no contexto da Operação Mafiusi, que apura a ligação da facção criminosa com a máfia italiana.
Segundo relatório da PF obtido pelo Estado de S. Paulo, as movimentações ocorreram por meio de empresas suspeitas de integrarem um “sistema financeiro paralelo” do crime organizado. Os citados não foram indiciados, mas devem ser chamados para prestar esclarecimentos.
Gusttavo Lima nega qualquer irregularidade e afirmou ao jornal, por meio de sua assessoria, que a transação mencionada refere-se à compra legal de uma aeronave, realizada por sua empresa Balada Eventos e Produções Ltda. “Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT Empreendimentos e Participações Eireli, através de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, declarou a empresa.
A Balada Eventos também informou que não tem relação com Willian Agati, empresário apontado pela PF como operador financeiro da facção. Sobre a existência de várias empresas no mesmo endereço, explicou que se trata de um prédio comercial, onde cada empresa ocupa uma sala.