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55,6% das empreendedoras em Goiás planejam crescer


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 26/11/2023 - 17:17

Foto: Reprodução/Pexels
Foto: Reprodução/Pexels

No mês dedicado ao empreendedorismo feminino, uma pesquisa inédita realizada pela Serasa Experian revela que 55,6% das empreendedoras em Goiás e na região Centro-Oeste têm planos de expandir seus negócios. Mesmo enfrentando desafios, a maioria demonstra otimismo em relação ao crescimento, com 43,4% focadas em vender mais para o mesmo público e 42,1% mirando novos segmentos.

Contudo, o crédito não parece ser a primeira opção para essas empreendedoras. Apenas 8% consideram essa alternativa para viabilizar seus planos de expansão, marcando uma queda significativa em comparação ao ano anterior, quando o percentual era de 15%. Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, destaca a importância do crédito como uma ferramenta de apoio e a necessidade de um planejamento cuidadoso para garantir retorno positivo.

Preocupações com o crédito

Entre as empreendedoras em busca de crédito, a taxa de juros permanece como a principal preocupação, apontada por 51,6% das entrevistadas. O Score do CNPJ também é uma inquietação, com 16,5% preocupadas com a possibilidade real de acesso ao crédito. O Score PJ da Serasa Experian, uma ferramenta gratuita, é sugerido como um meio de avaliar o nível de confiança da empresa e aumentar as chances de conseguir financiamento.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa, intitulada “Empreendedoras Brasileiras PME”, foi conduzida de forma quantitativa, contando com a participação de 534 empreendedoras de todas as regiões do país. O foco principal foi entender o perfil atual das empreendedoras em 2023, com ênfase nas motivações para empreender. O levantamento visa oferecer insights valiosos sobre como as mulheres empreendedoras em Goiás e no Centro-Oeste encaram os desafios e oportunidades em seus negócios próprios.

Empreendedorismo intenso

A Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com Laboratório de Pesquisa em Empreendedorismo e Inovação da UFG (Lapei/UFG), Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG (CEI/UFG) e o Parque Tecnológico Samambaia da UFG (PTS/UFG), realiza o Dia de Empreendedorismo no Campus Samambaia na quarta-feira, 29. O evento oferece imersão em negócios, tecnologia e inovação, com roteiro de visita a estruturas de apoio, minicompetição de empreendedorismo social e mesa-redonda à noite. Destaque para a oportunidade de interação com empresas incubadas e o fortalecimento da cultura empreendedora no ecossistema de inovação do Parque Tecnológico Samambaia.

Energia solar

A energia solar está em ascensão no setor rural do Centro-Oeste, com a região alcançando a marca de 26,7 mil sistemas de energia solar rural. Este crescimento é impulsionado pelos constantes aumentos da tarifa de energia elétrica e o fim do desconto de 30% na conta de unidades consumidoras com classificação rural, que ocorre em dezembro de 2023. A Yellot, uma empresa que fornece usinas solares, sentiu a demanda do setor, com o agro representando cerca de 20% das usinas solares entregues pela empresa. Ela é a única no Brasil que faz negociações por meio da Operação de Barter Solar, permitindo a compra de serviços de energia sustentável usando grãos como moeda de pagamento, através de uma parceria com a Agrex do Brasil.

Uruaçu

A Usina Uruaçu Açúcar e Álcool, localizada no norte de Goiás, encerrou a safra 2023 no dia 12 de novembro. Durante os 195 dias de safra, foram moídas 811.636,190 toneladas de cana-de-açúcar, resultando na produção de 22.292.802,00 Kw/h de energia elétrica a partir da biomassa. A usina produz álcool e, nesta safra, foram produzidos 65.502.715 litros. O rendimento foi de 80,63 litros por tonelada de cana-de-açúcar, com uma recuperação de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 89,87%.

Crescimento goiano

Goiás registrou um crescimento significativo no terceiro trimestre de 2023, alcançando o maior número de ocupados no mercado de trabalho desde o início da série histórica em 2012. O estado agora tem 3,789 milhões de pessoas empregadas. Os dados, confirmados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), são da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Desemprego reduzido

A taxa de desemprego em Goiás foi de 5,9%, a menor desde o último trimestre de 2014. Isso representa uma redução de 0,3 ponto em comparação ao trimestre anterior e 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destacou que os números mostram que a gestão está no caminho certo, investindo em políticas públicas de capacitação, qualificação e direcionamento dos goianos para melhores oportunidades de emprego.

Renda

O rendimento médio efetivo de todos os trabalhos em Goiás atingiu o valor de R$ 2.900,00 e foi o maior de toda a série histórica. Pelo terceiro trimestre consecutivo a renda média goiana, cujo aumento foi de R$ 26,00 em relação ao trimestre anterior, esteve acima da média brasileira.

Setores

O crescimento da população ocupada foi impulsionado principalmente pela administração pública, educação, saúde e serviços sociais (+25 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (+22 mil), e comércio e reparação de veículos (+16 mil). Em contrapartida, houve redução nos serviços domésticos (-37 mil), outros serviços (-9 mil) e construção (-5 mil).

Integração entre Goiás e Nordeste

A pavimentação da BR-030, um trecho de 191,5 quilômetros entre Mambaí (GO) e Cocos (BA), é vista como um importante avanço na integração entre o estado de Goiás e a região Nordeste do Brasil. A obra, que está incluída no Novo PAC e tem um custo estimado de R$ 550 milhões, deve beneficiar vários municípios e setores, incluindo o agronegócio e o turismo, além de melhorar a mobilidade em todo o Brasil.

Desenrola

O Dia D – Mutirão Desenrola, realizado na quarta-feira, 22, resultou na renegociação de R$ 433 milhões em dívidas por cerca de 72 mil pessoas, segundo o Ministério da Fazenda. O valor negociado superou em sete vezes a média diária da última semana. No total, 150 mil contratos foram renegociados, com um desconto médio de 86,3% em relação ao valor original da dívida.

Parcelamento

Na atual fase do Desenrola, devedores da Faixa 1, que ganham até dois salários mínimos, podem renegociar débitos de até R$ 20 mil com desconto e parcelamento em até 60 meses, sem entrada, com pagamento da primeira parcela somente em 2024 e juros de 1,99% ao mês. O programa abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

Desoneração da folha de pagamento

Entidades empresariais ligadas aos 17 setores da economia beneficiados por desonerações desde 2011 expressam suas reações ao veto presidencial que encerra tais benefícios em dezembro de 2023. O projeto de lei, vetado por Luiz Inácio Lula da Silva, buscava prorrogar a política até 2027, mantendo alíquotas reduzidas para a contribuição previdenciária.

Solução após veto da desoneração

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que o governo apresentará uma solução alternativa após o veto presidencial ao projeto de desoneração da folha de pagamento. Destaca a necessidade de discutir a questão no contexto da reforma tributária, priorizando mudanças no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

Setores específicos 

Representantes de setores como radiodifusão, automotivo, construção civil e indústria de máquinas respondem ao veto, destacando impactos e preocupações. Enquanto a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) busca a derrubada do veto, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) considera a desoneração de baixo impacto, e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) expressa preocupação com a redução de postos de trabalho.