O Vila Nova faz a partida de ida pela 3ª fase da Copa do Brasil, jogando contra o Cruzeiro em Belo Horizonte. O jogo diante do maior campeão do torneio será realizado esta noite no estádio do Mineirão a partir das 21:30 hs. O adversário do Tigre passa por uma fase turbulenta. Foi eliminado pelo América MG na semifinal do campeonato mineiro, mesmo depois de investir alto em reforços que não estão dando resultados. São os casos dos atacantes Gabigol e Dudu. O primeiro tem alternado a condição de titular e reserva, enquanto o segundo negocia sua rescisão de contrato.
Na série B, o Vila vive um bom momento. É o terceiro colocado, a apenas um ponto do líder e há quatro jogos sem perder. O técnico Rafael Lacerda tem alguns desfalques no elenco, como o goleiro Koslinski, o lateral direito Lucas Sena, o zagueiro Marcondes e o lateral esquerdo Eric Davis. Os atacantes Emerson Urso e Guilherme Paredes continuam entregues ao Departamento Médico. E tem mais, o zagueiro Weverton, pertencente ao Cruzeiro, também fica de fora por impedimento contratual. Mesmo com problemas disciplinares e técnicos em seu time, o Cruzeiro entra em campo como favorito contra o Vila, por jogar diante de seu torcedor, que certamente vai lotar as dependências do Mineirão.
Balancete negativo
Não é só o Goiás que tem números negativos em seu Balanço Patrimonial. Vila Nova e Atlético também divulgaram seus balancetes com déficit em 2024. O Vila Nova publicou seu balanço financeiro com déficit de R$ 18,8 milhões. Já o Atlético Goianiense, que apresentou superávit nos últimos cinco anos, em 2024 fechou as contas com déficit de R$ 45,1 milhões. Os números dos três principais clubes da capital não são animadores. Cada um apresenta justificativas para os resultados negativos, mas a verdade é que é preciso modificar modelos de gestão, estabelecer metas mais arrojadas e buscar a série A o mais rapidamente possível para se beneficiar das melhores condições que esta competição oferece a seus participantes.
Os dirigentes goianos são conformados com o atual status de nossas equipes. São provincianos na guerra contra seus rivais regionais e se satisfazem plenamente quando ganham uma partida sobre o outro. Tem visão limitada sobre o principal cenário nacional brasileiro, que está na série A, Copa do Brasil, Copa Sulamericana e Copa Libertadores. Se acomodam com o título regional e são apenas meros participantes na Copa Verde e série B. O Goiás já fez parte da elite do futebol bresileiro. Foi um time respeitado nacionalmente, mas dirigentes de mentalidade tacanha tomaram conta dos destinos esmeraldinos que agora voltou a ser pequeno, como a maioria dos demais participantes das séries C, D e B.
Já estamos no segundo ano consecutivo sem ter em Goiânia os grandes times do futebol brasileiro. A decadência do futebol goiano começou no dia em que nossos clubes decidiram abandonar o estádio Serra Dourada para jogar em seus pequenos estádios. O Serra ficou abandonado por alguns anos, enquanto nosso futebol foi diminuindo até chegar ao nível de se acomodar na série B. Quando algum deles se atreve a subir para série A, logo é rebaixado para a divisão anterior e na maioria das vezes, é humilhado na série A. Falo de Atlético e Goiás, pois o Vila, com seus 80 anos de existência, nunca disputou a série A no atual formato.
Promessas emprestadas
Quem entende o pensamento da diretoria do Goiás? O time principal tem grande carência de bons jogadores na meia de armação e no ataque. E tem esses jogadores na base, mas prefere emprestá-los a dar oportunidade na equipe titular. São os casos de Larson, emprestado ao Palmeiras e Raikkonen, atacante pelos lados, que está brilhando no Internacional. Larson, de 19 anos, já aparece como destaque no Palmeiras e Raikkonen, de 16 anos, está entrando aos poucos no time principal do Internacional. Enquanto isso, o Goiás joga sem um meia de armação há cerca de dois anos e no ataque, prefere escalar Jajá, Wellington Matheus e Zé Hugo a dar oportunidade para as jovens promessas da base. Por essas e muitas outras, que o futebol goiano rasteja na série B, sem esperanças de um dia voltar a brilhar na série A e em competições internacionais.

