O candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, Alcides Ribeiro, e seu vice, Max Menezes, ambos do PL, foram condenados pela Justiça Eleitoral a retirar de suas redes sociais um vídeo considerado inverídico. No conteúdo, o assessor jurídico da campanha do PL nega que os candidatos estejam sendo investigados por corrupção eleitoral relacionada à compra de votos.
A situação se agrava após um incidente ocorrido em 24 de setembro, durante uma carreata em Vila Brasília com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um coordenador da campanha foi preso pela Polícia Militar portando milhares de requisições de combustíveis em branco, dinheiro em espécie e planilhas suspeitas. O caso, caracterizado como crime eleitoral, levou o coordenador à sede da Polícia Federal, onde um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido. A Justiça Eleitoral pode tomar medidas drásticas, incluindo a cassação do registro de Alcides Ribeiro, por abuso de poder econômico.
Após a prisão, o advogado da campanha, Victor Hugo, que também é procurador da Câmara Municipal de Aparecida, gravou um vídeo na porta da sede da PF, criticando a atuação da Polícia Militar e alegando que a Polícia Federal não havia iniciado um inquérito. Logo depois, o marketing da campanha produziu e divulgou um vídeo que reforçava a versão apresentada pelo advogado.
Como resultado, a coligação “Para Aparecida seguir Avançando”, liderada por Leandro Vilela e João Campos, solicitou à Justiça a exclusão do conteúdo falso. A juíza Wilsianne Ferreira Novato atendeu ao pedido e ordenou que a Meta, empresa proprietária do Instagram, removesse o vídeo. Além disso, Alcides e Max foram condenados a pagar uma multa diária de R$ 10 mil se voltarem a publicar informações sobre o caso.