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Último debate entre candidatos à Prefeitura de Goiânia tem troca de farpas e críticas, mas clima é morno


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 04/10/2024 - 09:16

Debate entre candidatos a Prefeitura de Goiânia (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

Na noite desta quinta-feira (3), seis candidatos à Prefeitura de Goiânia participaram do debate promovido pela TV Anhanguera.  Foi o último encontro direto que os candidatos tiveram para se enfrentar antes da realização do primeiro turno, marcado para o próximo domingo (6). Durante aproximadamente três horas, os candidatos apresentaram suas propostas para áreas cruciais, como saúde, meio ambiente, infraestrutura e segurança pública. As discussões, no entanto, também foram marcadas por críticas entre os concorrentes, que atacaram aspectos das trajetórias políticas e pessoais uns dos outros.

O debate manteve um tom relativamente contido, com participação discreta do atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), que teve uma atuação tímida. A maior parte das interações foi concentrada nos principais candidatos, aqueles com mais chances de avançar ao segundo turno, que direcionaram suas falas para os temas centrais da campanha.

Logo no início, o candidato Matheus Ribeiro (PSDB), sorteado para fazer a primeira pergunta, escolheu confrontar Sandro Mabel, empresário e o candidato mais rico na disputa. O tom da troca foi agressivo, com Ribeiro criticando o histórico de Mabel e sua proximidade com grupos de poder.

“Se o PT assumir, será uma tragédia. Se o Mabel ganhar, fará negócios. Mabel, diga para nós o que você tem de tão especial, de tão diferente, para garantir que a cidade vai melhorar de fato, caso você seja prefeito?”, questionou Ribeiro, destacando sua percepção de oportunismo nas alianças políticas de Mabel.

Em resposta, Mabel ressaltou sua vasta experiência em gestão: “A minha experiência de 52 anos. Quando você não tinha nem nascido, eu já fazia gestão e fui treinado todos esses anos para isso. Administrei muitas coisas, e as que administrei andaram bem, cresceram e se desenvolveram”, pontuou.

Ribeiro continuou no ataque: “Tudo o que você fala é o contrário do que promete. Como o eleitor vai confiar em você, sendo que até dias atrás você chamava o governador Caiado de incompetente e agora ele é seu melhor amigo? Até ontem criticava a gestão de Rogério Cruz e agora quase entrega uma caixa de bombom para ele. Como acreditar em suas palavras? Você age apenas por conveniência.”

No decorrer do debate, o tema da saúde pública também foi alvo de confrontos. Adriana Accorsi (PT) perguntou a Vanderlan Cardoso (PSD) sobre suas propostas para a área, aproveitando para criticar a gestão de Cruz. “A saúde em Goiânia está na UTI. A atenção básica, que deveria fornecer o atendimento primário à população, está em colapso. Há uma fila de 200 mil pessoas esperando por exames.”

Cardoso enfatizou a falta de estrutura e organização na gestão municipal, e, em sua réplica, Accorsi ressaltou sua conexão com o governo federal e a ministra da Saúde, Nísia Trindade: “Tive um compromisso firmado com a ministra na última semana para estender o programa Saúde da Família em Goiânia.”

O debate também tocou em temas polêmicos, como a legalização de drogas. Fred Rodrigues (PL), alinhado com o bolsonarismo, provocou Accorsi ao mencionar um discurso do vereador Fabrício Rosa (PT), que defendeu a legalização da maconha. “Como a senhora combateria essas pessoas do seu partido que querem legalizar as drogas?”. Accorsi, que é delegada da Polícia Civil, rebateu: “Tenho uma história de combate ao crime, e nosso plano de governo prevê ações robustas de combate ao tráfico de drogas e prevenção ao consumo.”

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