Café no Brasil registra alta com valorização do dólar

O mercado interno de café no Brasil apresentou valorização, mesmo diante de quedas significativas nos preços internacionais. Segundo análise da StoneX, fatores como o retorno das chuvas no Brasil, o início da colheita no Vietnã e dados fortes de exportação contribuíram para a queda no mercado futuro. Em Nova Iorque, o contrato de café arábica para março de 2025 caiu 510 pontos (-2,1%), encerrando a sexta-feira (1) cotado a US¢ 242,40 por libra-peso. Em Londres, o robusta para janeiro recuou USD 132 por tonelada (-3,0%), fechando a semana a USD 4.279 por tonelada.

No acumulado de outubro, o café arábica em Nova Iorque teve uma desvalorização de 8,4%, enquanto o robusta em Londres caiu 16,4%. No Brasil, no entanto, os preços mostraram leve alta, impulsionados pela valorização do dólar, que aumentou 2,9% na semana. O indicador Cepea para o café arábica subiu 1,1%, e o robusta avançou 0,5%. O impacto da alta do dólar ajudou a mitigar as oscilações internacionais, proporcionando estabilidade relativa para os produtores brasileiros.

Em outubro, apesar da pressão externa, os preços internos do café arábica subiram 1,35%. O robusta caiu 4,07%, mas ainda apresentou uma retração menor que a observada em Londres. A valorização de 6,2% do dólar no mês foi um fator crucial para sustentar os preços do café no mercado nacional, ressaltando a influência cambial na proteção dos produtores contra quedas mais acentuadas.