O cooperativismo em Goiás encerrou 2023 com um desempenho histórico, acumulando R$ 60,1 bilhões em ativos, um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior. Esses dados, extraídos do Panorama do Cooperativismo Goiano 2024 – estudo conduzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) a pedido do Sistema OCB/GO – foram revelados pelo presidente da entidade, Luís Alberto Pereira, durante um evento para a imprensa nesta quarta-feira (13).
O avanço registrado reafirma a relevância do setor cooperativista na economia goiana, representando atualmente quase 18% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. “Esses recursos são, em grande parte, reinvestidos no estado, o que evidencia a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social de Goiás,” destaca Pereira.
O setor de crédito se manteve na dianteira, com R$ 47,6 bilhões em ativos, seguido pelas cooperativas agropecuárias (R$ 9,8 bilhões) e de saúde (R$ 1,8 bilhão). Este desempenho reflete uma trajetória de crescimento contínuo ao longo dos últimos cinco anos – em 2019, os ativos somavam R$ 21,7 bilhões, demonstrando que o setor mais que dobrou seu volume no período.
Embora as receitas brutas das cooperativas goianas tenham se mantido praticamente estáveis em R$ 30,8 bilhões, o impacto da queda nos preços das commodities afetou as cooperativas agropecuárias, puxando o desempenho geral do setor para baixo. Ainda assim, o Sistema OCB/GO projeta um futuro promissor, com investimentos de R$ 1,5 bilhão destinados à ampliação da produção e ao aumento do valor agregado do setor agropecuário nos próximos anos.
O estudo, que avaliou 249 cooperativas e representa 95% do setor em Goiás, foi baseado em dados coletados entre maio e julho de 2024. Luís Alberto Pereira aponta o cooperativismo como um motor socioeconômico fundamental para Goiás, comprometido em fortalecer cadeias produtivas locais, fomentar o desenvolvimento sustentável e gerar empregos.
Para 2024, o Sistema OCB/GO aposta em iniciativas voltadas para inovação e sustentabilidade. “Queremos assegurar que as cooperativas goianas continuem crescendo de forma sustentável, agregando valor aos nossos produtos e aumentando nossa competitividade no cenário nacional”, reforça Pereira, destacando a importância de alinhamento com práticas ESG (ambiental, social e governança) para consolidar o setor como uma força estratégica no estado e no país.