O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reforçou sua defesa pela anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Apesar de apoiar a medida, ele não compareceu à manifestação realizada neste domingo (17) na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
“Quero reiterar minha posição sobre a anistia aos manifestantes de 8 de janeiro. Fui o primeiro a defender essa proposta, em entrevista concedida no início do ano passado ao jornalista Mário Sérgio Conti”, declarou Caiado.
O governador fez um paralelo com a postura adotada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek após uma tentativa de golpe em seu governo. “Em fevereiro de 2024, argumentei que o Brasil deveria seguir o exemplo de JK. Ao invés de alimentar divisões, ele concedeu anistia e seguiu governando”, afirmou.
Caiado também criticou as sentenças impostas a alguns dos manifestantes. “Penas de até 17 anos de prisão são desproporcionais. O país precisa superar esse impasse e concentrar seus esforços no combate à violência, na contenção da inflação e na construção de melhores condições de vida para a população”, pontuou.
O ato em Copacabana reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares que defendem a aprovação de um projeto de anistia no Congresso Nacional. A proposta, no entanto, encontra resistência entre diferentes correntes políticas.
Mesmo se manifestando favorável ao perdão judicial dos envolvidos, Caiado tem evitado ligações com alas mais radicais do bolsonarismo. Ele tem enfatizado a necessidade de pacificação no cenário político e a urgência de pautas como segurança pública e recuperação econômica.