Por Redação Tribuna do Planalto em 19/03/2025 - 09:57
O vereador Major Vitor Hugo (PL) insistiu no apoio dos colegas para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde na Câmara Municipal de Goiânia. O pedido tem como objetivo investigar a gestão da saúde na cidade durante os últimos dois anos da gestão Rogério Cruz (Solidariedade), entre 2023 e 2024.
Em discurso na Tribuna da Casa, nesta terça-feira (19), o parlamentar afirmou que, durante a prestação de contas, na última segunda-feira, o secretário de saúde de Goiânia, Luiz Pellizer, declarou que a saúde da cidade é “um caso de polícia”. A partir dessa declaração, Vitor Hugo acredita que é fundamental que o legislativo municipal aprofunde as investigações.
“Se é um caso de polícia, o legislativo municipal precisa aprofundar nas investigações acerca daquilo que aconteceu e que vem acontecendo ainda na saúde de Goiânia.”, afirmou ao mencionar a prisão de ex-secretários da pasta, no ano passado, a partir de investigações da Polícia Civil. Ele também mencionou a intervenção na saúde determinada pelo Tribunal de Justiça de Goiás e a decretação de calamidade aprovada pelos deputados estaduais.
Major Vitor Hugo informou à Tribuna do Planalto ter angariado 8 assinaturas no requerimento, mas são necessárias 13 para que a CEI seja instaurada.
Resposta
A assessoria de comunicação do ex-prefeito Rogério Cruz afirmou que as informações sobre a assistência na saúde da capital são públicas e de conhecimento dos parlamentares.
Segundo a ex-gestão, conforme o Demonstrativo Resumido da Execução Orçamentária de 2024, publicado no dia 30 de janeiro de 2025 pela Prefeitura de Goiânia, o Município encerrou o exercício de 2024 com um saldo de caixa de R$ 653,5 milhões.
Desses, R$ 81,4 milhões eram recursos não vinculados, e R$ 572,1 milhões estavam alocados para áreas essenciais como saúde e educação.
Contexto
Nos últimos anos, a gestão de Rogério Cruz foi marcada por escândalos e má prestação de assistência médica, com operações policiais que afetaram a administração municipal. Um dos casos mais emblemáticos foi a prisão dos ex-secretários municipais por suposto envolvimento em esquemas de corrupção e desvios de recursos públicos.
Além disso, a crise na saúde foi agravada com a greve de maternidades municipais e protestos por cobranças de grandes prestadores de saúde, como Santa Casa da Misericórdia, Hospital do Câncer, laboratórios, e manifestações de profissionais da saúde.
A administração de Sandro Mabel (UB) estima rombo de R$ 1 bilhão na contabilidade da Saúde, considerando pagamentos em atraso e outros compromissos deixados pela gestão anterior.
