Skip to content

Em meio a processo no STF, Gustavo Gayer sobe tom contra ‘ditadura da toga’


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 19/03/2025 - 19:46

Gustavo Gayer, deputado federal (Foto: Divulgação)

O deputado federal Gustavo Gayer (PL) usou as redes sociais nesta terça-feira (18) para criticar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e denunciar o que chamou de “ditadura da toga”. O desabafo ocorre em meio ao seu próprio processo na Corte, onde responde por calúnia, difamação e injúria após declarações contra o senador Vanderlan Cardoso (PSD).

Em sua publicação, Gayer reagiu à decisão do também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) de permanecer nos Estados Unidos e se licenciar do cargo. De acordo com Gustavo, Eduardo estaria “exilado” devido a uma suposta perseguição do Judiciário brasileiro. “Eduardo Bolsonaro agora vai ter que ficar nos Estados Unidos, de certa forma exilado, por conta de perseguição. Um deputado honesto, que nunca cometeu crime algum, que luta pela nossa democracia”, afirmou.

O parlamentar comparou a situação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro com o caso do deputado federal André Janones (Avante), investigado por suposto esquema de rachadinha. No vídeo, Gayer menciona a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou o arquivamento do caso contra Janones mediante a devolução de R$ 131 mil. “Enquanto Eduardo Bolsonaro sofre perseguição e pode até ter seu passaporte apreendido, Janones confessa rachadinha e sai ileso”, disse Gayer.

Além disso, o deputado criticou a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que arquivou uma representação movida pelo PL contra Janones. Gayer associou a medida a um suposto favorecimento da esquerda. “Um dos grandes nomes da esquerda do Brasil, o Boulos, saiu em defesa de Janones no Conselho de Ética”, afirmou Gustavo Gayer.

A manifestação de Gayer ocorre em um momento delicado para sua trajetória política. O deputado é alvo de uma ação penal no STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, por ataques verbais contra Vanderlan Cardoso. Caso condenado, ele pode perder o mandato, ficar inelegível e até cumprir pena de reclusão. Nos bastidores do Congresso, há articulações para levar adiante seu processo de cassação, o que pode acelerar seu afastamento da vida pública.

 

Pesquisa