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Circuitos “Não é Não” busca garantir mais segurança às mulheres

Curso gratuito capacita profissionais do setor de lazer para prevenir violência de gênero


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 15/05/2025 - 17:39

Não é não
Nova iniciativa da UnB e do Ministério das Mulheres promove capacitação gratuita para prevenir violência de gênero em bares e casas noturnas (Foto: Sind-Saúde/MG)

O Circuitos Não é Não deve ser lançado nesta sexta-feira (16) e é uma iniciativa que transforma em política pública a Lei 14.786/2023, voltada à proteção das mulheres em locais de lazer. O programa tem o apoio de entidades civis, do setor privado, de  organizações  internacionais, do governo federal e da Universidade de Brasília (UnB).

O primeiro passo da ação é um curso de extensão gratuito, online e de curta duração, voltado à capacitação de trabalhadores e trabalhadoras de bares, restaurantes, casas noturnas e boates. O objetivo é habilitar esses profissionais para aplicar o Protocolo Não é Não, exigido por lei em estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas.

O lançamento ocorre em cerimônia no auditório da Reitoria da UnB, fruto de Acordo de Cooperação Técnica entre a União, via Ministério das Mulheres, e a Fundação Universidade de Brasília. Estarão presentes representantes da UnB, do Ministério das Mulheres, do Google.org e do Pacto Global – Rede Brasil.

União de forças por ambientes mais seguros

A iniciativa tem alcance nacional e articula esforços entre governo, universidades, empresas e organizações da sociedade civil. Além da UnB e do Ministério das Mulheres, participam Anis – Instituto de Bioética, Fòs Feminista, Google.org e o Pacto Global – Rede Brasil. Novos parceiros poderão aderir à ação ao longo do tempo.

Com base em cenas reais de risco enfrentadas por mulheres, o curso oferece materiais didáticos acessíveis, que podem ser assistidos pelo celular, com certificado da UnB. O conteúdo é dividido em sete módulos e busca formar profissionais aptos a agir com acolhimento e responsabilidade.

Segundo a reitora da UnB, Rozana Naves, a ação responde à urgência de criar espaços seguros: “A universidade pública tem o dever de contribuir com formação em temas de relevância social”.

Violência contra mulheres: números alarmantes

Em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios e mais de 71 mil casos de estupro contra mulheres, segundo o Relatório Socioeconômico da Mulher. A maioria dessas violências foi testemunhada por terceiros, o que reforça a importância da capacitação para intervenção imediata e responsável.

“Os espaços de lazer não podem ser territórios de medo. Com o protocolo, transformamos esses locais em áreas de proteção e resposta à violência”, afirma Debora Diniz, professora da UnB e coordenadora do curso.

Conectando-se a uma tendência global

O Circuitos Não é Não aproxima o Brasil de outros países que também adotam protocolos de prevenção em espaços públicos. Exemplos como o “No Callem”, de Barcelona, e o “Ask for Angela”, no Reino Unido, mostram que a atuação proativa de trabalhadores pode ser decisiva para proteger vidas.

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