O número de queimadas registradas no mês de maio deste ano em Goiás é 34% menor do que no mesmo período do ano passado. O comparativo foi feito pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). De acordo com o levantamento, ocorreram 151 incêndios neste ano, contra 230 em 2024. A Região Sudoeste concentra o maior número de ocorrências, 61. A que concentra o menor número é a Região Central, com 14 casos.
Os municípios com maiores quantidades de focos de queimadas neste ano são Mineiros (14), Jussara (13), Cavalcante (12), Rio Verde (9) e Luziânia (6). A unidade de conservação mais atingida foi o Parque Nacional das Emas, com 6 ocorrências, seguido da Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, em Alto Paraíso de Goiás, com 5 focos de incêndios.
O Cimehgo também adotou, desde o dia 1º de maio, a contagem dos dias sem a ocorrência de chuvas. Na Região Sul já são 31 dias sem precipitações. Nas Regiões Norte, Oeste e Leste, não chove há 28 dias. Na Região Central, há 25 dias. O destaque é para a Região Sudoeste, que, apesar de ter o maior número de queimadas, está sem chuvas há apenas 4 dias.
Outra perspectiva medida é a da umidade do solo. No período de 26 de maio a 1º de junho, o índice médio de umidade do solo em Goiás é de 15%. Em locais como Posse, no Norte do estado, Aragarças, Uruaçu, e no extremo Sudoeste há regiões com menos de 10% de umidade no solo. Já em Rio Verde, Mineiros, Jataí, Catalão, Itumbiara, Formosa, Porangatu e Anápolis, a umidade oscila entre 26% e 35%.
O prognóstico de incêndios é moderado para todas as regiões de Goiás. O prognóstico para o índice de umidade relativa do ar é de observação, variando entre 31% e 40%. O nível adequado é maior do que 50%. Entre 21% e 30%, considera-se nível de atenção. O alerta fica entre 12% e 20%. Já abaixo de 12% de umidade relativa do ar, é considerado de emergência.
Série histórica
O número de focos de incêndio contabilizado na série histórica do Inpe, demonstra uma redução na quantidade de focos observados desde o início da atual gestão. Durante o ano de 2022, foi lançada a ferramenta “Monitor de Queimadas” que notifica os agentes cadastrados assim que os focos de incêndio são detectados via satélite. O intuito da ferramenta é melhorar o tempo de resposta às ocorrências, minimizando assim as áreas queimadas.
“Saímos de mais de 7000 focos por ano, no primeiro ano de gestão, para 3160 focos em 2023, ano em que foram alcançados os melhores índices históricos para agosto e setembro, comumente os piores meses com maior risco de incêndios no estado”, relata o boletim do Cimehgo.
Em 2024, a partir do dia 20 de agosto houve um aumento significativo do número de focos, percebido em todo o país. Esse aumento se intensificou em Goiás no mês de setembro, quando foi criado o gabinete de crise para enfrentamento a ocorrência de queimadas. Em decorrência destes eventos de queimadas observados em todo o país, 2024 foi um ano atípico, com um aumento significativo o número de focos entre agosto a setembro.
Desde novembro de 2024 e até agora, em 2025, o número de focos voltou para os parâmetros mais baixos, inclusive menores do que o mesmo período no ano anterior. “Quando observamos os dados mais atentamente, há diminuição no número de focos mesmo dentro de cada mesorregião do estado. Apesar disso, destaca-se que determinados municípios podem estar piores ou melhores, mesmo que a situação geral seja positiva. Estamos entrando no período de estiagem, que deve durar até o mês de outubro, o ano de 2025 não está sendo afetado por o fenômeno El Niño e a estiagem não deve ser tão rígida em relação ao ano passado, ainda assim o monitoramento contínuo é fundamental para identificar e mitigar problemas que possam surgir”, conclui o Cimehgo.
Concursos sem cotas raciais são questionados na Justiça