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Prefeitura pede ao DenaSUS auditoria nas maternidades de 2021 a 2024

Ofício entregue ao ministro da Saúde solicita apuração de contratos, convênios e impacto da gestão anterior na assistência à população


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 10/07/2025 - 16:34

Maternidades prefeitura
Prefeito Sandro Mabel e secretário Luiz Pellizzer entregam ao ministro Padilha solicitação de auditoria ampliada nas maternidades de Goiânia (2021 a 2024). Foto: Alex Malheiros.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, e o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, solicitaram nesta quarta-feira (9/7) ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ampliação da auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) nas maternidades municipais Célia Câmara, Dona Íris e Nascer Cidadão. O pedido é para que a fiscalização inclua a aplicação de recursos federais entre os anos de 2021 e 2024, além de apurar impactos na assistência à população nesse período. O ofício foi entregue durante reunião na sede do Ministério da Saúde.

Alvo da auditoria
Atualmente, a auditoria do DenaSUS abrange apenas o ano de 2025. Segundo o secretário Luiz Pellizzer, no entanto, “o colapso das maternidades teve origem na gestão anterior”. Por isso, a Prefeitura solicita que a apuração retroaja aos quatro anos anteriores.

O documento entregue ao Ministério da Saúde pede uma análise detalhada da execução dos convênios e contratos firmados, das condições de gestão financeira e administrativa das unidades e da regularidade dos repasses federais. Além disso, solicita a verificação dos impactos administrativos e assistenciais decorrentes das decisões adotadas nos últimos anos.

Segundo Pellizzer, a Fundahc (Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas), entidade responsável pela gestão das três maternidades, suspendeu os atendimentos a partir de agosto de 2024, mas continua cobrando da Prefeitura o pagamento integral dos convênios, mesmo durante o período de paralisação.

Histórico da gestão

Desde 2012, as maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara são geridas pela Fundahc, sem que tenha sido realizado processo seletivo público que possibilitasse a participação de outras entidades do terceiro setor.

Em 2025, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu as unidades em situação de colapso: com salários atrasados, falta de insumos e medicamentos, atendimentos eletivos suspensos, apenas 30% da urgência e emergência funcionando, e parte dos leitos de enfermaria e UTI desativados por falta de repasses regulares à Fundahc em 2023 e 2024.

Somente neste ano, a Prefeitura de Goiânia já repassou mais de R$ 116 milhões à Fundahc para a gestão das três maternidades. Ainda assim, fornecedores essenciais seguem sem o devido pagamento.

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