O confinamento de bois em Goiás tem mostrado um avanço significativo, impulsionado por inovações tecnológicas e uma abordagem sustentável. Fabiano Tavares, diretor do Confinamento Pontal, exemplifica essa transformação ao expandir sua operação de 200 para 46 mil animais desde 1999. A adoção de uma dieta mais eficiente para o gado e a operação durante todo o ano elevaram a produtividade e reduziram o impacto ambiental, com destaque para a menor emissão de metano. Goiás também registrou um recorde de abates, com 1 milhão de cabeças no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 35,6% em relação ao ano anterior.
Um dos principais avanços tem sido a implementação de uma dieta mais densa para o gado, que não só aumentou a eficiência produtiva como também contribuiu para a redução das emissões de metano. “A dieta mais concentrada tem sido crucial para melhorar a sustentabilidade do confinamento,” afirma Tavares. Além disso, a decisão de operar o confinamento durante todo o ano, e não apenas na estação seca, tem permitido maior aproveitamento das oportunidades de mercado e maior estabilidade na produção.
A visão de Tavares é apoiada por dados recentes que projetam um aumento de 2,5% no volume de bovinos confinados em 2024 no Brasil. Walter Patrizi, gerente técnico de Confinamento para a América Latina da dsm-firmenich, aponta que essa expansão não é um fenômeno isolado, mas parte de uma tendência mais ampla impulsionada pela evolução da pecuária brasileira. “A agricultura tomou cerca de 40 milhões de hectares da pecuária nos últimos 30 anos. Isso forçou o setor a ser mais eficiente, aproveitando melhor as áreas e utilizando tecnologias que permitem produzir mais com menos espaço,” explica Patrizi. Ele também destaca o papel dos subprodutos agrícolas, como o caroço de algodão e o farelo de soja, que têm sido cruciais para intensificar a produção em confinamento.
Esse crescimento goiano está alinhado com o cenário nacional, que também apresenta avanços no setor. Segundo o Censo de Confinamento, o Brasil deve registrar um aumento de 2,5% no volume de bovinos confinados em 2024, somando 7,379 milhões de animais. Mato Grosso lidera o ranking com 1,57 milhão de bois confinados, seguido por São Paulo e Goiás, com 1,2 milhão cada. Esse cenário reflete uma tendência de intensificação da pecuária nacional, com a adoção de tecnologias como nutrição de precisão e melhoramento genético, que tornam o confinamento mais eficiente e sustentável em todo o Brasil.
Expansão Nacional
O Brasil planeja um aumento de 2,5% no confinamento de bovinos para 2024, totalizando 7,379 milhões de animais. A intenção de confinamento reflete a crescente demanda e a evolução das práticas pecuárias.
Crescimento em Goiás
Goiás registrou um aumento de 8,6% no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2024, alcançando um volume recorde de 1 milhão de cabeças. Esse crescimento é impulsionado por políticas públicas e investimentos em infraestrutura.
Concentração Produtiva