Goiás se destaca no combate ao desmatamento
O estado de Goiás teve um avanço importante no controle do desmatamento. Em 2024, 71% da vegetação nativa desmatada no estado foi feita com autorização legal ou com ação de fiscalização. Isso significa que a maior parte está seguindo as regras ambientais.
Esse resultado foi divulgado nesta quinta-feira (15), no Relatório Anual de Desmatamento 2024 (RAD 2024). A média nacional está em 54%. Apenas seis outros estados conseguiram ultrapassar os 70%.
Crescimento da fiscalização e dos processos legais
Em 2019, esse índice em Goiás era de apenas 59,4%. Desde então, os números variaram um pouco, mas vêm melhorando, chegando a 71% agora em 2024.
Para o coordenador do MapBiomas, Tasso Azevedo, esse avanço mostra que o país está conseguindo controlar melhor o desmatamento. “É um dos dados mais importantes do relatório. Em 2019, o índice era próximo de 7%. Agora estamos vendo um aumento da governança ambiental. Isso é uma boa notícia para o Brasil”, disse ele.
Licenciamento ambiental ficou mais rápido
A secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, diz que o bom resultado veio com melhorias na fiscalização e, principalmente, na liberação das licenças ambientais.
Antes, o processo para conseguir uma licença podia demorar anos. Agora, em média, leva 60 dias. “A gente não piorou a qualidade da análise, apenas melhoramos os processos”, explicou a secretária.
Ela também destacou que a demora no passado atrapalhava investimentos e a criação de empregos. Essa mudança aconteceu com o lançamento do sistema Ipê, em 2020.
Desmatamento em Goiás caiu quase 72% em um ano
Outra boa notícia é que o desmatamento total no estado caiu 71,9% em relação a 2023. Os alertas de áreas desmatadas caíram de 3.519 para 659, e a área afetada passou de 69,3 mil hectares para 19,4 mil hectares.
Cerrado foi o bioma com maior redução
O Cerrado, que ocupa grande parte de Goiás, foi o bioma com maior redução em área desmatada. Em 2023, foram 1,1 milhão de hectares desmatados. Em 2024, esse número caiu para 652 mil hectares – uma redução de 41,2%.
Também houve quedas no desmatamento nos outros biomas:
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Amazônia: –16,8%
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Caatinga: –13,4%
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Pampa: –42,1%
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Pantanal: –58,6%
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Mata Atlântica: aumento de 2%