Capitaneado pela candidatura da deputada federal Adriana Accorsi, o PT que no primeiro turno conseguiu mais de 168 mil votos optou, nesta quinta-feira (10), pela neutralidade na disputa em Goiânia que agora tem o confronto direto entre o ex-deputado federal Sandro Mabel (UB) e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), que é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PT até chegou a considerar declarar apoio a Sandro Mabel (União Brasil). O vereador Fabrício Rosa (PT), reeleito com mais de 7 mil votos, disse na tribuna da Câmara dos Vereadores que a possibilidade era existente. Também vereadora reeleita e presidente estadual da legenda, Katia Maria, confirmou que a possibilidade estava no ar, mas que aguardava um aceno por parte da campanha do ex-deputado federal.
Entretanto, o aceno não veio. A estratégia da campanha de Mabel tem sido mirar nos eleitores de outras campanhas e não nos atores que representaram esses votos. O PSB, partido que caminhou que Adriana no primeiro turno da eleição, indicando o vice professor Jerônimo, por exemplo, já declarou apoio a Sandro, que sequer quis se reunir ou tirar fotos com os representantes da sigla, por temer ser associado à esquerda.
Um vídeo do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) que a campanha de Mabel disparou no começo da semana também diminuiu as chances da aliança. Na gravação, Caiado diz que não buscou o PT para aliança, pontuou que sempre foi oposição a Lula e nunca votou no presidente da República. Petistas viram o vídeo como uma afronta e sentiram-se desrespeitados.
A oficialização da decisão petista veio nesta quinta-feira (10). “A nossa decisão é que são dois candidatos de direita. Nós não vamos apoiar nenhum candidato”, afirmou a deputada federal Adriana Accorsi (PT), em entrevista concedida ao repórter Rubens Salomão do Jornal O Popular.
“Então, a posição oficial é não apoiar, mas não estamos fazendo campanha por voto nulo, essas coisas. Eu, como candidata, e os partidos, não vamos apoiar oficialmente nenhum candidato e a gente segue defendendo a democracia, os direitos das pessoas, as pautas das políticas públicas em Goiânia e vamos continuar discutindo os problemas graves que a cidade está enfrentando”, avaliou.