A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) realmente desempenha um papel fundamental na defesa dos direitos e garantias da sociedade, além de regulamentar a profissão de advogado no país. A escolha dos presidentes das Seccionais é um momento importante, pois estes líderes Estaduais têm a responsabilidade de representar e gerir os interesses da advocacia em suas respectivas regiões.
As eleições para os cargos de gestão da OAB são acompanhadas de perto, pois podem influenciar políticas, diretrizes e a atuação da OAB em diversas questões jurídicas, influenciam também políticas governamentais.
As disputas eleitorais, especialmente em instituições de grande relevância como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), têm o poder de intensificar os ânimos e promover debates essenciais que beneficiam tanto a classe dos advogados quanto a sociedade em geral. Esses momentos de eleição são cruciais, pois permitem que temas significativos sejam discutidos abertamente, abrangendo questões como ética profissional, prerrogativas, acesso à justiça e à informação, defesa dos direitos humanos e políticas públicas.
Durante as campanhas eleitorais-classistas, os candidatos apresentam suas propostas e visões, o que impulsiona uma reflexão aprofundada entre os profissionais da advocacia e os cidadãos. Esse ambiente de troca de ideias e posicionamentos não apenas fomenta o engajamento da classe, mas também cria uma plataforma para que vozes diversas sejam ouvidas. Assim, as discussões emergentes podem gerar um impacto positivo, resultando em avanços significativos tanto para a profissão quanto para a sociedade como um todo.
Além disso, esses debates podem levar a uma maior conscientização sobre a importância da atuação dos advogados em questões sociais, políticas e jurídicas. O fortalecimento da advocacia, por meio de eleições participativas e informadas, é fundamental para se promover um sistema jurídico mais justo e equitativo.
Atualmente, a OAB Nacional é reconhecida como uma das maiores entidades de classe do Brasil, contando com mais de 1.500.000 advogados registrados em todo o território nacional. Esse expressivo número demonstra a relevância da advocacia no contexto jurídico e social do país, refletindo a confiança da população na atuação destes profissionais.
Especificamente em Goiás, a OAB se destaca com mais de 53.080 advogados ativos inscritos, o que evidencia também a força e a importância da advocacia local. A quantidade de profissionais ativos na seccional goiana ressalta o papel fundamental que a OAB Goiás desempenha na defesa dos direitos dos cidadãos, bem como na promoção de um sistema judiciário mais acessível e eficaz.
Tanto a OAB Nacional quanto a seccional de Goiás têm a responsabilidade de promover a ética, a justiça e a valorização da profissão, além de atuar em prol da sociedade.
A ética e o decoro são valores fundamentais que devem ser constantemente buscados e cultivados durante as campanhas eleitorais da OAB. Infelizmente, não é incomum observar que, em algumas situações, as disputas eleitorais se transformam em arenas de ataques pessoais e agressões de natureza individual. Esses comportamentos não apenas desvirtuam o propósito das eleições, que deveria ser a discussão construtiva de ideias e propostas, mas também minam a confiança que a sociedade deposita na advocacia como um todo.
Em Goiás, no próximo dia 19 de novembro, serão realizadas as eleições para os cargos de gestão da Seccional, bem como para eleição dos cargos de gestão das 57 Subseções espalhadas pelo interior de Goiás, sendo que nesse ano uma importante alteração na forma de votação foi implementada, pois as eleições serão realizadas com votos 100% online, afirmando a OAB/Goiás que “A iniciativa não só promove inclusão e acessibilidade, mas também fortalece a legitimidade no processo de escolha dos representantes da advocacia goiana. A modalidade online amplia o acesso ao processo eleitoral, proporcionando maior comodidade e flexibilidade aos eleitores.”
Em Goiás, a disputa para a Seccional está posta entre os candidatos majoritários, sendo o advogado Rafael Lara Martins, atual presidente e candidato à reeleição, o advogado Bruno Pena, dissidente da gestão do anterior presidente Lúcio Flávio, que apoia a reeleição de Rafael Lara e o advogado Pedro Miranda, que busca se firmar como uma voz oposicionista e que tem conseguido sucesso em seu objetivo.
É essencial que os candidatos e seus apoiadores mantenham um padrão elevado de respeito e civilidade, priorizando o debate de ideias e a apresentação de propostas concretas para o fortalecimento da classe e da justiça. A promoção de um ambiente saudável e respeitoso durante as campanhas é vital para que a OAB continue a ser uma referência em ética e integridade no cenário jurídico brasileiro.
Além disso, a maneira como os candidatos se comportam durante as eleições pode influenciar a percepção pública sobre a profissão de advogado. Portanto, é crucial que todos os envolvidos, desde os candidatos até os eleitores, se comprometam a agir de maneira ética, contribuindo para um processo eleitoral que realmente represente os interesses da advocacia e da sociedade.
O debate eleitoral-classista pode resultar em avanços significativos para a classe e para a sociedade, promovendo um ambiente mais justo e equitativo, a depender de quem assume a cadeira da presidência. Porém, tais debates necessitam de uma oposição responsável, respeitável, inteligente e atuante, pois “apenas” criticar ou se apresentar como oposição em época de eleições, além de soar como conveniente, demonstra interesse apenas aos cargos e não a uma mudança.
Nesse cenário de discussões, propostas, ideias e difusão do nome na campanha, é crucial à quem coloca o nome à disposição da classe, em busca de angariar votos, se posicionar como a voz oposicionista, tarefa árdua àqueles que passaram alguns anos no anonimato, diga-se da atuação do candidato Bruno Pena, que pouco conhecido no interior de Goiás, e ausente dos debates políticos nos últimos três anos, ainda vive dos resquícios da herança oposicionista de Leon Diniz.
As pesquisas mostram forte tendência de vitória à Rafael Lara, que fez e faz uma gestão transparente e voltada aos interesses da classe, em especial da jovem advocacia. Resta então, nesse cenário de tranquilidade e expectativa da reeleição, observar quem herdará o legado oposicionista em Goiás.
Pedro Miranda sai na frente, pois além de não ter a pecha de oposição radical e de extrema-esquerda, creditada ao Bruno Pena e alguns de seus apoiadores, é jovem, dinâmico e vem atuando como voz oposicionista há algum tempo.
Herdar esse legado oposicionista significa pavimentar um caminho para o reconhecimento futuro da advocacia como sendo um legítimo representante da classe, atento aos acontecimentos, fiscalizando a gestão e podendo ser voz ativa junto aos advogados e advogadas de Goiás.
Que esta eleição possa transcorrer com tranquilidade e transparência e que o melhor candidato seja eleito para representar esta importante classe profissional que cuida dos interesses de toda a sociedade.