O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), elevou, em entrevista ao Jornal O Popular, nesta quarta-feira (26), o tom contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sinalizou que o apoio político em Goiás dependerá, em 2026, da adesão ao projeto presidencial do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Em declarações contundentes, Daniel classificou o atual governo federal como “ultrapassado” e incapaz de dialogar com a sociedade brasileira contemporânea.
“Exatamente. É um cansaço. Uma política que não representa mais nenhum anseio da população. Uma agenda, digamos assim, ultrapassada, que não consegue dialogar e conversar com a sociedade brasileira atual. Isso é o grande fator que nos coloca numa condição de ter o governador sendo alguém com um potencial muito grande, na minha visão”, afirmou ao repórter Rubens Salomão.
Daniel, que também é presidente estadual do MDB e deverá ser o candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado, reforçou o alinhamento com o projeto nacional do atual chefe do Executivo estadual. Segundo ele, Caiado é hoje a principal referência política do estado e reúne credenciais para disputar a Presidência da República em 2026.
“O governador é a grande referência política do nosso estado e tem o projeto de uma candidatura presidencial, na qual nós acreditamos muito, até porque ele hoje é referência nos temas que mais preocupam os brasileiros. Estamos muito confiantes de que a campanha, no momento certo, terá uma adesão muito grande”, destacou.
Ao comentar a possibilidade de alianças com partidos de esquerda em Goiás, Daniel Vilela deixou claro que qualquer composição futura terá como exigência o endosso ao projeto nacional de Caiado.
“Qualquer aliança em Goiás deve, obrigatoriamente, passar pelo apoio à candidatura nacional. Não tem como falar em ter apoio da esquerda, se a esquerda não estiver com o governador Caiado”, salientou.
O vice-governador ainda respondeu às especulações sobre possíveis reaproximações com setores petistas. Segundo ele, o apoio até pode ser considerado, desde que venha acompanhado de um reconhecimento explícito ao trabalho de Caiado e à sua liderança nacional.
“Se eles tiverem um gesto de reconhecimento, não só do trabalho que o governador está fazendo, mas de que ele representa aquilo que o país está precisando, sem dúvida, nós não vamos rejeitar o apoio. Nem eu, nem o próprio governador. Acho que Goiás precisa estar unido em prol dessa causa”, finalizou.