Por Laiz Queiroz em 30/11/2024 - 14:56
A análise da Central Internacional de Análises Econômicas e Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), divulgada na quinta-feira (28), aponta estabilidade nos preços do milho no Brasil, interrompendo uma sequência de altas devido à menor demanda local e à entrada do triguilho (trigo para ração) no mercado. Os preços variaram entre R$ 55,00 e R$ 71,00 por saca, com média de R$ 68,17 no Rio Grande do Sul.
Apesar da estabilização, os valores continuam superiores aos registrados em 2023. No Mato Grosso, o milho disponível alcançou R$ 57,17 por saca, um aumento de 62% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O plantio da safra de verão avançou para 59% da área prevista no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estados como Paraná (99%) e Santa Catarina (98%) estão entre os mais adiantados, enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta atrasos devido à seca. A divergência entre estatísticas oficiais e privadas também chamou atenção, com a Conab apontando um avanço menor no plantio em comparação com a consultoria AgRural, que reporta 93% de progresso no Centro-Sul.
As exportações de milho do Brasil recuaram em novembro, totalizando 3,46 milhões de toneladas nos primeiros 14 dias úteis do mês, uma média diária 33,2% menor que a de novembro de 2023. Para o ano, a projeção é de que o Brasil exporte 38 milhões de toneladas, abaixo das mais de 50 milhões exportadas no ano anterior. No mercado internacional, o preço médio da tonelada do milho foi de US$ 210,30, representando um recuo de 7,2% em relação ao mesmo mês de 2023.
