O deputado federal goiano Gustavo Gayer (PL) defendeu nesta terça-feira (25), na presença de jornalistas, a entrada do ex-desembargador Sebastião Coelho, advogado de Filipe Martins, na sessão de julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Coelho foi detido por desacato e ofensas ao tribunal, mas liberado posteriormente.
“Ele é advogado do processo, não pode entrar. É uma palhaçada, né, cara.”, afirmou Gayer na presença da imprensa, enquanto pessoas que o cercavam afirmavam que ele não teria permissão para entrar. Gayer, que publicou vídeo do encontro no Instagram, foi questionado por um jornalista se havia avisado ao Supremo que iria participar, mas ele não respondeu.
O advogado, então, explicou ao deputado que o processo envolve 34 acusados e que “tudo que acontecer aqui é de interesse de todas as defesas”. No entanto, como Filipe Martins não era réu na audiência desta terça-feira, o nome de Coelho não teria sido incluído previamente na lista de participantes.
“Estou aqui na porta da Turma e estou sendo impedido de entrar no plenário. Há lugares vazios, e ainda assim, estou sendo impedido de entrar na sala de sessões. Isso é uma vergonha. Isso não é um tribunal, é um tribunal de exceção. Chega desse arbítrio”, disse Coelho em um vídeo publicado nas redes sociais.
O advogado incentivou Gustavo Gayer a ajudar na mobilização. “Então você, como parlamentar, deve ir na Tribuna e denunciar isso.”, afirmou. “Eu vou ficar aqui e vou denunciar. Eu vou tentar até o outro minuto entrar”, avisou.
Sebastião Coelho também mencionou ao deputado que o ex-advogado de Lula, ministro Cristiano Zanin, presidia a Turma. “Veja, nós estamos na presidência da Turma com o doutor Zanin, que foi advogado do presidente Lula, que impetrou 400 recursos, Gilmar Mendes chorou, que defesa linda”.
“Acho que pelo menos ele pode acompanhar o processo, você não pode fazer nem isso, né?”, provocou Gayer na presença dos deputados Carlos Jordy e Sargento Fahur.