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Goiânia é a 3ª capital com melhores vendas no mercado imobiliário


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 17/12/2023 - 08:00

Foto: Reprodução/Ademi-GO
Foto: Reprodução/Ademi-GO

O mercado imobiliário de Goiânia mantém-se sólido, registrando estabilidade nos volumes de vendas no terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O preço médio do metro quadrado apresentou um aumento de 17%, consolidando a capital como o terceiro maior mercado do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

O Salão de Imóveis recentemente realizado pela My Broker na cidade ofereceu uma diversidade de opções, desde lotes até apartamentos de alto padrão, com preços variando de R$ 350 mil até R$ 5 milhões. A iniciativa buscou capitalizar o crescimento do mercado e proporcionar condições facilitadas para investidores e compradores.

Representantes do setor expressaram otimismo para 2024, destacando a perspectiva de um mercado ainda mais aquecido com a redução da taxa de juros. Marcelo Moreira, da CMO Construtora, e Murilo Calzada, da Brasal Incorporações, enfatizaram o cenário positivo e a contínua atratividade de Goiânia para investimentos no setor imobiliário.

Mercado de habitação para baixa renda

Em 2023, o mercado habitacional de Goiânia registrou um desempenho modesto no Programa Minha Casa Minha Vida, com apenas 736 apartamentos lançados, representando pouco mais de 10% do total de 7.046 unidades lançadas. Esta queda expressiva em comparação com 2020, quando o programa contribuiu com quase 50% dos lançamentos, destaca a necessidade de medidas para impulsionar o setor. O presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, sugere que o aumento do teto de valor dos imóveis pelo governo federal em 2024 pode estimular novos empreendimentos, mas ressalta a importância da participação municipal para fortalecer o mercado. Recentemente, a prefeitura encaminhou à Câmara dos Vereadores um projeto de Lei de Habitação de Interesse Social (HIS), fundamental para a produção de moradia acessível e impulsionar a economia local.

Perspectivas para 2024

Fernando Razuk, presidente do conselho consultivo da Ademi-GO, aponta otimismo para 2024 com a redução da taxa Selic e o anúncio sobre a diminuição das taxas de financiamento. Prevê um possível crescimento de 5% a 10% nas vendas em relação a 2023, impulsionado pelo aumento da demanda por imóveis. Melazzo antecipa uma valorização contínua dos imóveis em Goiânia em 2024. Destaca o aumento dos custos de construção devido à escassez de mão de obra, prevendo uma valorização entre 15% a 20%. O presidente enfatiza que esse cenário torna o investimento imobiliário mais atrativo do que as aplicações financeiras de baixo risco, atraindo investidores para o setor.

Perspectivas da economia brasileira

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta um crescimento de 1,7% para a economia brasileira em 2024, conforme divulgado no Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024. Embora as previsões para 2023 mostrem um crescimento de 3%, a CNI destaca que isso não inicia um novo ciclo de desenvolvimento, atribuindo o resultado a fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária.

Desafios e estratégias 

A análise da CNI revela que a indústria de transformação e construção terá um crescimento mais modesto em 2024, com 0,3% e 0,7%, respectivamente, recuperando as quedas deste ano. Entretanto, destaca-se uma preocupação com a queda nos investimentos, projetando um recuo de 3,5% em 2023. A CNI enfatiza a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para sustentar taxas de investimento superiores a 20% do PIB, associando o crescimento sustentado à agenda da economia verde, sustentabilidade, pesquisa, inovação e transformação digital.

Mercado de trabalho e cenário internacional

A CNI prevê desafios no mercado de trabalho em 2024, com um modesto aumento de 2,9% na massa salarial, comparado aos 6,4% deste ano. Isso é resultado de um crescimento mais lento na ocupação, impactado pela política monetária, incluindo juros altos, afetando o emprego desde o final deste ano.

Fundo Social

Conselheiros e diretores da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro Centro Oeste estiveram nesta terça-feira, dia 5 de dezembro de 2023, na cidade de Inhumas para um encontro especial no Hospital de Câncer Francisco Camargo (HCFC), entidade administrada pela Associação para Cuidado de Câncer de Goiás (ACCEG), e que será referência nacional em prevenção e tratamento oncológico gratuito e humanizado. Na oportunidade, foi realizada a entrega de um cheque simbólico no valor de R$ 380 mil, provenientes do Fundo Social da cooperativa, até o momento já foram R$ 680mil em doações ao empreendimento. 

Mercado de carbono

O mercado global de dióxido de carbono (CO2) alcançou um recorde de 850 bilhões de euros (US$ 909 bilhões) no ano passado, impulsionado por elevados preços negociados, apesar de uma diminuição de 20% no volume de créditos de carbono. O Senado brasileiro aprovou por unanimidade o projeto de lei 412/2022, estabelecendo o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e regulamentando o mercado de carbono no país. O SBCE adotará o sistema de cap-and-trade, com um limite máximo de emissões, promovendo a redução de gases de efeito estufa.

Vanguarda da descarbonização

O Brasil, com 46% de sua matriz energética sendo limpa, possui uma vantagem competitiva para liderar a descarbonização. A regulamentação do mercado de carbono pode atrair cerca de US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030, atendendo a quase metade da demanda global por créditos de carbono. Com a capacidade única da Amazônia em gerar créditos de carbono por meio da conservação florestal, o Brasil se destaca como uma força motriz no futuro da tecnologia de captura de carbono.

Prioridade para Empregos

Segundo a pesquisa Radar Febraban, os moradores do Centro-Oeste destacam que a geração de empregos deve ser a principal prioridade do governo em 2024, ao lado da saúde. Pela primeira vez, a preocupação com a criação de vagas quase alcança a liderança, com menções dobrando de 13% para 27% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. A região também lidera o receio de aumento do desemprego, mantendo-se em 39%, o mais alto do país. O percentual que pretende segurar o consumo atingiu 50%, comparado a 49% em dezembro de 2022. Além disso, 37% acreditam que terão menor poder de compra em dezembro, o segundo maior índice nacional.

Custo com alimentação e saúde

Os itens de consumo que mais impactaram na inflação das famílias do Centro-Oeste foram alimentos, com 66%, serviços de saúde ou medicamentos, com 31%, e combustíveis, com 26%. Os três também compõem o pódio em outras regiões do país, mas a preocupação com remédios é menor apenas que a do Norte (36%).

 Aprovação e desaprovação ao governo

Os brasileiros do Centro-Oeste estão entre os que mais desaprovam o governo Lula, com 47% dos entrevistados. O índice de aprovação é de 44%. Na média nacional, a avaliação é positiva para 51% e negativa para 42%.