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Goiás é o oitavo em registro de carros elétricos e mostra evolução


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 12/02/2024 - 17:59

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Goiás, conhecido por sua rica cultura e economia diversificada, agora está ganhando destaque no cenário dos veículos elétricos. O Estado ocupa a oitava posição no registro de carros elétricos no Brasil, mostrando uma evolução significativa na adoção de veículos mais sustentáveis.

A tendência de crescimento observada em Goiás está alinhada com a nacional. Em janeiro de 2024, foram emplacados 12.026 veículos elétricos no Brasil, quase o triplo em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Este foi o melhor janeiro e o segundo melhor mês de toda a série histórica da ABVE, apesar do aumento do Imposto de Importação de veículos elétricos.

Os números indicam a continuidade do forte crescimento das vendas de veículos elétricos leves nos últimos anos no Brasil, especialmente em 2023, quando chegaram a 93.247 unidades. Em Goiás, a tendência é semelhante, com um aumento constante no número de veículos elétricos registrados.

Eletrificados

Em janeiro de 2024, o mercado de veículos eletrificados no Brasil atingiu um novo recorde de vendas, com 4.358 veículos 100% elétricos (BEV) emplacados, representando 36% do total. Este crescimento, impulsionado principalmente pelas montadoras BYD, GWM e CAOA Chery, demonstra a tendência contínua de crescimento do mercado de veículos elétricos, apesar do aumento do Imposto de Importação. O modelo mais vendido foi o BYD Dolphin GS, com 1.583 unidades.

Estados e municípios

O Estado de São Paulo continua liderando o número de emplacamentos de eletrificados leves, com 4.082 veículos em janeiro – aumento de 185,5% sobre janeiro de 2023 (1.430). O Rio de Janeiro segue na vice-liderança, com 896 emplacamentos – crescimento de 126%, sobre janeiro de 2023 (397).

Crescimento expressivo

Goiás iniciou 2024 com um crescimento expressivo na abertura de empresas. Em janeiro, foram registradas 3.243 novas empresas, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o maior índice para o mês de janeiro desde 2020. Com esse aumento significativo, Goiás continua liderando o ranking de abertura de novos negócios nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Ranking empresarial

A cidade de Goiânia lidera o ranking de cidades com o maior número de empresas em Goiás, com 339.933 empresas. Ela é seguida por Aparecida de Goiânia (82.497) e Anápolis (65.045). Rio Verde (35.235), Valparaíso de Goiás (24.642) e Luziânia (24.265) também estão entre as cidades com mais empresas no estado.

Exportação recorde

Em 2023, o Brasil exportou um volume recorde de 844 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), essa exportação resultou em um benefício de R$ 888 milhões para o Brasil, ajudando a reduzir o custo de produção nas hidrelétricas e diminuir os impactos na tarifa dos consumidores brasileiros.

Benefícios

A exportação foi realizada em duas fases entre janeiro e dezembro de 2023. A primeira fase envolveu a exportação de energia gerada por centrais termelétricas, totalizando 354 megawatts médios, com 86% destinados à Argentina e 14% ao Uruguai. Esta operação gerou um benefício de R$ 106 milhões. A segunda fase referiu-se à energia hidráulica, que resultou em 490 megawatts médios exportados, com 77% para a Argentina e o restante para o Uruguai, gerando um benefício de R$ 782 milhões. Estes benefícios são revertidos para os consumidores através de reduções nas tarifas de energia.

Declínio 

A participação dos salários dos trabalhadores do Brasil no Produto Interno Bruto (PIB) caiu 12,9% em cinco anos, atingindo o pior resultado em 16 anos. Em 2021, os salários representavam 31% do PIB, uma queda significativa desde 2016, quando atingiram o pico de 35,5%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Crescimento 

No mesmo período, o excedente operacional bruto das empresas, de onde as companhias extraem o lucro, aumentou a participação no PIB de 32,3% para 37,5%. Isso representa um crescimento de 16% entre 2016 e 2021. A redução da participação dos salários no PIB é vista como resultado da recessão econômica iniciada em 2015 e da pandemia, além de ser influenciada pela reforma trabalhista.

Turismo bombando

O Brasil registrou um recorde de US$ 6,9 bilhões (equivalente a R$ 34,5 bilhões) em recursos deixados por turistas estrangeiros em 2023. Isso levou o país a liderar a arrecadação no setor na América do Sul, de acordo com o ranking de 20 países divulgado pela ONU Turismo. O Brasil também ocupa o segundo lugar nas Américas em recuperação pós-pandêmica, com um aumento de 15% em relação ao período pré-pandêmico, atrás apenas do México. Globalmente, o Brasil ocupa a 14ª posição, enquanto o México está em décimo lugar.

Perspectivas

O ministro do Turismo, Celso Sabino, prevê que os resultados de 2024 serão ainda melhores. Ele destacou o recorde de público nas festas de réveillon em todo o país e mencionou que Fortaleza registrou 1 milhão de pessoas em um único dia de evento. Uma pesquisa do Ministério do Turismo indica que mais de um terço da população brasileira deve fazer turismo até março, com uma grande parte desse público no carnaval. O novo Plano Nacional de Turismo, aprovado no fim de janeiro pelo Conselho Nacional de Turismo, estabeleceu a meta de alcançar US$ 8,1 bilhões em 2027.

Fiscalização Goiás

O Governo de Goiás realizou uma operação intensiva de fiscalização do ICMS, resultando na apreensão de 400 mil mercadorias sem nota fiscal e uma carga de 50 mil latas de refrigerante. A operação, que ocorreu nas principais rodovias federais interligando a região metropolitana de Goiânia, foi conduzida pela Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) da capital. O levantamento parcial indica um flagrante de R$ 400 mil em mercadorias sem documentação fiscal e ICMS sonegado de aproximadamente R$ 75 mil.

Isenção 

O governo federal publicou uma Medida Provisória (MP) isentando quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824 por mês) de pagar o Imposto de Renda (IR). Com essa decisão, 15,8 milhões de pessoas deixarão de pagar o tributo. A nova tabela entra em vigor a partir da publicação da MP.

Impacto 

A isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos resultará em uma redução de receitas estimada em R$ 3,03 bilhões em 2024, R$ 3,53 bilhões em 2025 e R$ 3,77 bilhões em 2026. O desconto é opcional, portanto, quem tem direito a descontos maiores pela legislação atual não será afetado.

Condições das estradas brasileiras 

Um estudo realizado em 2023 pelo portal CupomVálido, com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do portal britânico Compare The Market, revelou que o Brasil é o segundo pior país do mundo para se dirigir, atrás apenas da Rússia. O estudo avaliou fatores como nível de mortalidade no trânsito, congestionamentos e alto custo de manutenção dos veículos em relação à renda da população. A qualidade das vias foi um dos pontos que mais chamaram a atenção. No quesito asfalto, a classificação foi a mesma: russos na liderança e brasileiros logo em seguida em pior qualidade.

A qualidade do asfalto brasileiro 

Diego Ciufici, superintendente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), argumenta que os problemas com as estradas brasileiras não estão relacionados à qualidade do asfalto, mas sim ao desgaste da malha rodoviária, que é usada para escoar 75% da produção brasileira. Ele explica que o Brasil, sendo um país rodoviário com proporções continentais, sofre com a saturação da malha rodoviária e a falta de investimento. Além disso, Kamilla Vasconcelos Savasini, coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica (Poli) da USP, aponta que outros fatores, como condições climáticas e tráfego imprevisto, também contribuem para a formação de buracos. Apesar desses desafios, tanto Kamilla quanto Ciufici confirmam que a qualidade do asfalto brasileiro é boa.