O governo federal descarta mudanças no prazo de validade dos alimentos ou a criação de uma rede popular como estratégias para reduzir os preços. Após uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que medidas como congelamento de preços, subsídios ou alterações radicais não estão em pauta. “O governo não vai criar rede popular de alimentos, nem congelar preços, nem criar subsídios”, destacou Rui Costa.
A alta nos preços de alimentos foi um dos principais temas debatidos pelos ministros, que buscam alternativas para aliviar os custos para os consumidores. Segundo o ministro, o objetivo é apresentar soluções que sejam eficientes, mas sem recorrer a práticas que possam gerar distorções na economia. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 7,69% no grupo de Alimentação e Bebidas em 2024, impactando diretamente o orçamento das famílias brasileiras.
Além disso, o governo descartou a adoção do modelo “Best Before”, proposto pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que sugere a modernização do sistema de validade dos alimentos. A ideia, que prevê rótulos com a indicação “consumir preferencialmente até”, também não será implementada, conforme esclarecido pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O governo segue avaliando novas propostas e deve apresentar, em breve, medidas concretas para conter a alta dos preços dos alimentos.