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Indústria registra maior crescimento em 13 anos


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 18/02/2024 - 12:15

Em 2023, a atividade industrial em Goiás registrou o maior crescimento anual em 13 anos, com um aumento de 6,1% no acumulado do ano. Esse resultado colocou o Estado como o terceiro melhor do país. O crescimento foi impulsionado pela alta nas atividades industriais de metalurgia (16,7%), fabricação de produtos químicos (12,2%) e de produtos alimentícios (8,8%).

A indústria de transformação, por sua vez, encerrou 2023 com um crescimento acumulado de 6,4%, atingindo o seu maior nível de produção em toda a série histórica. Estes dados são do levantamento realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo IBGE, com dados referentes ao mês de dezembro, na variação interanual, na comparação de dezembro de 2022 contra dezembro de 2023, o crescimento foi de 22%, o melhor desempenho para um mês de dezembro nos últimos 10 anos. A alta foi puxada pelo destaque das atividades de confecção de artigos do vestuário e acessórios (417,4%); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (153,9%); e indústria extrativa (46,2%).

Transformação

A indústria de transformação em Goiás alcançou um crescimento acumulado de 6,4% em 2023, atingindo o maior nível de produção em toda a série histórica. Esse crescimento é um reflexo do aumento significativo na produtividade da indústria goiana.

Recordes

Em 2023, Goiás atingiu o maior nível de produção industrial de toda a série histórica, iniciada em 2002. Além disso, a indústria goiana atingiu a marca de oito meses consecutivos de crescimento na série mensal com ajuste sazonal, um feito inédito.

Nacional

A Pesquisa do IBGE também apresentou dados nacionais onde, por sua vez, o Brasil apresentou crescimento de apenas 0,2% e 1% nas variações interanual e no acumulado no ano, respectivamente. Na variação mensal, com ajuste sazonal, o aumento brasileiro foi de 1,1%.

Investimento

O Governo de Goiás investiu R$ 2,68 milhões no Crédito Social, beneficiando 876 trabalhadores em 12 municípios desde janeiro deste ano. O incentivo, de até R$ 5 mil, é destinado a formandos do Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec) que desejam iniciar um negócio próprio. Paralelamente, o governo oferece 30.770 vagas em cursos de capacitação e qualificação nas 17 unidades dos Cotecs.

Impacto internacional

A gigante chinesa WeiChai Holding Group, líder mundial na fabricação de motores e máquinas agrícolas, iniciou o processo de instalação de sua primeira unidade na América Latina, em Itumbiara, Goiás. O governador Ronaldo Caiado ressaltou o impacto internacional da chegada da indústria a Goiás, que também é a quarta maior produtora de ônibus e caminhões da China. A instalação da WeiChai representa um avanço significativo em tecnologia, pesquisa e inovação para o estado.

Desenvolvimento industrial

A instalação da WeiChai conta com o apoio da Stemac Grupos Geradores, uma indústria brasileira que atualmente importa os motores da multinacional chinesa. Com a parceria, a Stemac disponibiliza parte de suas instalações para a construção de um centro de montagem e distribuição dos motores da empresa asiática. Isso vai representar uma redução significativa de custo e otimização da fabricação de geradores. A chegada da WeiChai é um marco para o desenvolvimento industrial de Goiás.

Global

A WeiChai, integrante do grupo Shandong Heavy Industry, é a principal fabricante de equipamentos industriais da China, detendo marcas renomadas como Baudouin Moteurs, PSI e Sinotruk. Com um quadro de 100 mil funcionários, a empresa registra um faturamento anual de aproximadamente US$ 52 bilhões, comercializando seus produtos em mais de 150 países. Além disso, a multinacional é proprietária das marcas italianas Ferretti, especializada em iates, e Lovol, focada em máquinas de construção e equipamentos agrícolas. Essa presença global demonstra a extensão e a diversidade do portfólio da WeiChai.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o IPCA teve uma ligeira elevação, passando de 3,81% para 3,82% para este ano. A projeção para 2025 também subiu, de 3,5% para 3,51%. As previsões para 2026 e 2027 permanecem em 3,5%. A meta de inflação para este ano é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em janeiro, a inflação foi de 0,42%, abaixo dos 0,56% de dezembro, acumulando 4,51% em 12 meses.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, que está definida em 11,25% ao ano. O BC já cortou os juros cinco vezes consecutivas, num ciclo que deve continuar com cortes de 0,5 ponto percentual. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano, caia para 8,5% ao fim de 2025 e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e quando diminui, a tendência é que o crédito fique mais barato, estimulando a atividade econômica.

Desigualdade

Segundo a Unesco, apenas 34% dos pesquisadores globais e 12% dos membros de academias científicas no Brasil são mulheres. Nas áreas STEM, as mulheres representam 35% das matrículas globalmente e 31% no Brasil. Na Academia Brasileira de Ciências, as mulheres ocupam 14% das posições. A desigualdade é atribuída a normas sociais excludentes, barreiras socioeconômicas, estereótipos de gênero e discriminação.

Compre um, leve dois preços

Em resposta ao aumento de casos de dengue, a demanda por repelentes subiu 50% em Goiás. O Procon Goiás pesquisou preços e encontrou variações significativas: o repelente spray Exposis 100 ml variou de R$ 17,91 a R$ 62,99, o repelente OFF loção family 200 ml de R$ 22,90 a R$ 45,89, e o repelente aerosol Repelex 200 ml de R$ 26,49 a R$ 44,99. O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, aconselha pesquisa antes da compra e garante vigilância contra preços abusivos.

E-commerce

O uso de aplicativos de lojas e redes sociais para fazer compras é um hábito que vem crescendo entre os consumidores brasileiros. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, 86% dos internautas fizeram compras por meio de algum aplicativo de loja nos últimos 12 meses. Isso representa um crescimento de 7 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em 2021. As razões incluem praticidade (55%), melhores preços (48%), comodidade de comprar de casa (48%) e facilidade de acesso pelo celular (44%). Os itens mais comprados são moda/vestuário (49%) e delivery de comida/bebida (47%).