No momento em que se vê envolvido em mais uma polêmica, a venda de 69 áreas públicas, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, em entrevista à Tribuna do Planalto, relativiza a questão, argumentando que, do início da gestão até agora, foram doadas e cedidas o triplo das que estão sendo alienadas agora e que elas representam 0,01% do total das áreas públicas do município. Ele desacredita a pesquisa Serpes, que apontou uma rejeição de 43% em relação a seu nome, mas afirma que reduzir a rejeição é o principal foco da campanha neste momento. Sobre a crise na Comurg e na coleta de lixo e as recentes operações policiais em órgãos da prefeitura, Cruz argumenta que são fatos que se repetiram em gestões passadas e que não iam deixar de acontecer na administração dele. O prefeito ainda aguarda que PP e Republicanos se unam à sua candidatura à reeleição e diz que vai ser lembrado como o prefeito que entregou o BRT.
TRIBUNA DO PLANALTO – O senhor disse que pesquisa não é sentença, mas mostra a tendência do momento. Como avalia o fato de aparecer com 7% das intenções de votos, em quarto lugar, na maioria das sondagens?
ROGÉRIO CRUZ – É importante lembrar que, do final do ano passado para cá, tivemos algumas pesquisas feitas pelo nosso grupo e por outros e eu vinha aparecendo na espontânea em terceiro lugar, e quando se apresentava os nomes, eu ficava em quarto lugar. Essa última pesquisa (Serpes), para mim, tem algumas deficiências. Não posso pontuar agora quais são, porque está sendo analisada pela nossa equipe, mas algumas deficiências fizeram com que eu tivesse queda. Nas últimas pesquisas, desde a primeira no final do ano passado, a rejeição chegava a 47%; depois essa rejeição veio caindo, e, na última pesquisa que foi apresentada por um outro grupo, a minha rejeição estava em menos de 30%. Como é que agora, em menos de 30 dias, aparece com quase 50%? É um estudo que está sendo muito bem avaliado para que possamos encontrar onde está essa rejeição toda que foi demonstrada. Mas isso não é uma preocupação, faz parte do jogo político e estamos trabalhando para que possamos angariar a confiança do cidadão. O que o povo quer são respostas positivas e isso nós temos dado.
O que é mais importante neste momento, crescer a intenção de votos ou compreender a rejeição?
O mais importante é reduzir a rejeição, que mostra mais direcionada qual assunto que mais incomoda a população. É isso que estamos trabalhando.
O senhor acusou seus adversários de “preconceito” e “perseguição política”, em vídeo nas redes sociais, dizendo que adotam uma postura “truculenta e desproporcional”. O senhor se referia a quem e por que se diz vítima?
Sou o primeiro prefeito negro da cidade de Goiânia e, no início do trabalho, todos diziam que era paraquedista. Não caí de paraquedas porque fui vereador por dois mandatos consecutivos em Goiânia; fui vice-presidente da Casa; na primeira legislatura, fui o terceiro vereador mais bem votado em Goiânia, com 7.774 votos, e na segunda, fui o quarto mais bem votado, com 8.312 votos. Isso não é cair de paraquedas, é uma criação que fizeram, uma imagem do Rogério que não é verdade. As pessoas têm que ter consciência de que todo executivo tem o vice. Agora não é mais o prefeito paraquedista, é o prefeito que busca condições para crescer, é o prefeito que se coloca como vítima. Eu não estou me colocando como vítima. É a realidade, é o que o povo fala. É importante colocar essa situação para que as pessoas entendam que o nosso trabalho existe. Houve erros? Houve erros no nosso trabalho, claro. Mas quem quer trabalhar, quem quer fazer, está sujeito a cometer erros. Quem tem medo de errar não faz nada. Estamos trabalhando para acertar e dar resultados para a cidade.
O senhor teve muitas crises políticas e administrativas ao longo do mandato, sendo que a primeira foi com o MDB, que deixou sua administração, e a de maior repercussão, a da coleta de lixo. Na opinião do senhor, qual a origem das crises no seu governo?
Eu não mandei ninguém embora, eles pediram para sair; eles que romperam, e quem rompeu não foi o partido, foram pessoas; chegaram com uma lista e pediram exoneração, 15 secretários de uma vez só, a mando do líder do partido. Prova disso é que os seis vereadores do MDB e os primeiros suplentes ficaram comigo na gestão até o final. Os seis vereadores permaneceram na base e os seis suplentes como gestores aqui comigo. O segundo pior momento que passamos foi encarar dois anos de pandemia, quando ficamos de mãos atadas, sem poder fazer muita coisa. O nosso foco era saúde, era não permitir que ninguém perdesse a vida por falta de leitos de UTI; e é comprovado que em Goiânia ninguém perdeu a vida por falta de leito de UTI. Nós investimos muito, foram dois anos de trabalho e ficamos sem o que fazer no que diz respeito às outras partes da cidade. O lixo, para mim, não foi e nem está sendo crise. Crise foi quando eu era vereador, que a cidade ficou 35 dias sem coletar um saco de lixo. Agora, não foi crise. Algumas regiões têm coletas três vezes por semana, outras, duas vezes por semana; e aquelas de três vezes passaram a ter uma. Isso não é crise. A coleta estava acontecendo com atraso, mas existia. Havia uma deficiência e resolvemos fazer um ajuste.O ex-presidente da Comurg, que é contratada pela prefeitura, fez um anúncio que a Comurg não tinha condições de fazer mais essa prestação de serviço de coleta de lixo e deu espaço para que pudéssemos abrir nova licitação para que novas empresas estivessem conosco. Abrimos a licitação, acompanhada pelo Ministério Público e pelo TCM, e a empresa que ganhou foi um consórcio com três empresas. No momento de transição, é normal que haja problemas até que a nova empresa tenha os motoristas, coletores de lixo. No dia que apresentamos a empresa, eles tinham acabado de contratar 800 funcionários para coletar lixo, em menos de 20 dias, só tinham 400.
O senhor concorda que o problema da coleta de lixo impactou muito a imagem de gestor do senhor, tanto que se tornou um dos assuntos das campanhas dos pré-candidatos a prefeito de Goiânia.Todos têm uma solução para a Comurg. Qual é a proposta do senhor?
Concordo, e ainda digo mais. Me mostre uma gestão em Goiânia que nunca teve problema de lixo ou que nunca teve problema com a Comurg. Todas tiveram.
No programa de governo do senhor, qual seria a solução para esses problemas?
O que estamos fazendo. A Comurg foi criada para urbanizar a cidade, não para coletar lixo. Colocaram essa responsabilidade para a Comurg, mas virou uma bola de neve. Estamos trabalhando para resolver o problema da Comurg, mas para pular o mais alto possível, tem-se que abaixar mais. A Comurg sofre consequências, cria se um reflexo na gestão por causa da Comurg, mas resolvendo essa questão, acaba o problema da Comurg e acaba o problema da gestão no que diz respeito à Comurg. Hoje, temos um consórcio que faz a coleta de lixo e que acabou de assumir a última região; porque começaram o trabalho assumindo 51% da coleta de lixo. Nas duas primeiras regiões não temos problemas de coleta, porque a empresa já se adequou. Nesses últimos lotes que assumiram nós temos problema, mas eles estão se adequando para isso. A Comurg vai manter o seu trabalho de urbanização da cidade de Goiânia.
Hoje, passados três anos, como avalia o rompimento com o MDB, logo no início de sua gestão? Poderia ter sido evitado? Com o MDB, sua gestão seria diferente?
Não fui eu que rompi com o MDB.
Mas houve o rompimento. Ele poderia ter sido evitado? A quem o senhor atribui o rompimento?
Ao presidente do MDB, Daniel Vilela; hoje, o vice-governador. Poderia ser evitado, sim, mas não da minha parte, a parte deles. Não surgiu um movimento de palha da minha parte para que o MDB saísse; não vou dizer MDB, porque o partido que saiu, seus membros eleitos vereadores e vereadores suplentes ficaram na minha base até hoje, como estão. Não houve rompimento com o MDB, houve o rompimento de alguma parte, de algumas pessoas do partido.
O senhor viu duas operações da Polícia Civil acontecerem em órgãos da prefeitura em um curto espaço de tempo. Como avalia esses fatos? Elas ainda repercutem na sua administração? Avalia que elas podem ter atrapalhado o seu desempenho nas pesquisas?
Em qual gestão não houve operação? Em todas. Eu fui vereador por dois mandatos, oito anos e assisti várias operações dentro da prefeitura ou em órgãos da prefeitura ou com pessoas envolvidas com a prefeitura. Na minha gestão está acontecendo agora, estamos há três anos e meio de gestão.
É por isso que fala em perseguição política?
Eu não digo perseguição política. Eu digo questões pontuais em momentos políticos. É importante lembrar que investigações existiram em todas as gestões e na minha não seria diferente. Isso é um processo e desde quando aconteceram, tanto a primeira como a segunda, não foi encontrado nada dentro da prefeitura ou dos órgãos da prefeitura. Até hoje estamos aguardando o relatório final da Polícia Civil e não chegou até mim o relatório final. Não existiu até agora nada que desabonasse a conduta dentro da prefeitura, e o que encontraram de errado encontraram fora da prefeitura, na casa de um cidadão que trabalhava dentro da prefeitura. Dentro do órgão não foi encontrado nada.
Já conseguem avaliar o impacto disso na imagem do senhor?
Indiretamente, sempre acontece. Querendo ou não, é algo dentro de uma gestão e influencia a imagem. Mas nada com o nome de Rogério, nada com algum órgão dentro da prefeitura. Respeitamos a decisão da Justiça, que pediu para suspender os contratos; aliás, a decisão primeira foi minha, saiu daqui dessa mesa, à tardinha assinei um decreto para suspender as empresas que estavam sendo investigadas. Porque a investigação aconteceu dentro da prefeitura, mas não era a prefeitura que estava sendo investigada. Quem está sendo investigado são as empresas que prestam serviço à prefeitura. Infelizmente, são empresas que sempre prestaram serviço à prefeitura, há anos; antes de eu estar aqui já prestavam; prestam serviço ao governo estadual, à assembleia, ao Tribunal de Justiça; são empresas que sempre prestaram serviço no Estado de Goiás e veio calhar que também prestam serviço à prefeitura. Mas até o momento não existe nenhum relato que a prefeitura teve problema ou órgão da prefeitura teve problema.
Uma outra crise que o senhor teve em seu governo esteve relacionada à influência do Republicanos em sua gestão, inclusive com vinda de pessoas de fora de Goiás (o grupo de Brasília). Foi um dos componentes da difícil relação que teve e ainda tem com os vereadores?
Quando Maguito (Vilela) estava internado, já tínhamos em mente que, mesmo que ele se recuperasse, ia precisar de vários meses ou até um ano para se recuperar. De uma forma ou de outra eu teria que assumir a prefeitura interinamente. Eu procurei o partido para ter apoio, porque a base que foi criada foi a do MDB, que é o majoritário, eu vim como vice. O partido teria que tomar uma posição. Foi uma campanha muito vulnerável, de muitos ataques devido ao que estava acontecendo e isso deixou uma mancha na política goianiense, devido à maneira que fomos atacados, mesmo o saudoso Maguito passando por aquilo que estava passando. Eu também fui acometido pela Covid e fiquei 14 dias em casa em plena campanha, eu em casa e Maguito no hospital. Foi uma campanha muito marcada por ataques e eu fui buscar recursos no meu partido, foi quando enviaram para cá o então presidente do partido de Brasília (Wanderley Tavares da Silva), para que viesse colaborar aqui conosco. Foi muito bom, uma ajuda muito importante, trouxemos alguns nomes indicados pelo partido para que pudessem colaborar e, inicialmente colaboraram muito, mas depois começou a ter alguns impasses e esses impasses levaram ao rompimento da parte do MDB com esse pessoal do meu partido. Aí começaram os problemas. Eu particularmente nunca tive problema com o vice-governador Daniel Vilela, foi o pessoal que veio de Brasília. Prova disso é que eu me coloquei no meu lugar, tive que assumir de fato as rédeas e, ao final, recebi esse comunicado do partido, que eu não teria a legenda do Republicanos para concorrer à reeleição. Mudei de partido e hoje tenho apoio do Solidariedade, deixando de lado o Republicanos.
O fracasso de Marcelo Crivella no Rio de Janeiro teve alguma coisa a ver com a decisão do Republicanos de não lhe garantir legenda para disputar à reeleição? Comentou-se isso à época.
Marcelo Crivella é um amigo que tenho, tentaram fazer uma comparação, mas me comparar com o Crivella é muito diferente.Crivella é uma pessoa muito mais experiente, foi senador da República, deputado federal, está muito à frente de mim..
Ele não terminou o mandato de prefeito e acabou sendo preso. Isso poderia ter influenciado a decisão do Republicanos em relação ao senhor?
Eu acho que é uma atitude diferente da outra. Marcelo Crivella foi prefeito de uma cidade muito grande, muito diferente, um estado diferente, pessoas diferentes, governos completamente diferentes, tanto estadual como municipal, governos que não se falavam, nunca se falaram. Eu sempre tive bom relacionamento com o governador Ronaldo Caiado e vice-versa, administrativamente falando, nunca tivemos esses impasses. Comparar, por causa do partido, Rio e Goiânia, são coisas que vieram lá de fora, não veio do partido e não partiu de mim. Se houve essa preocupação, foi o partido. Se eles ligaram ou quiseram ligar Crivella e Rogério; Rio e Goiânia, talvez fosse isso. Eu não sei dizer, porque eu não conversei com o presidente Marcos Pereira sobre isso. Ele não me deu oportunidade para conversar sobre isso e também não busquei essa oportunidade. Eu sou muito pragmático. Não quer, está bom, vou respeitar, vou para outro partido e ponto final. Nunca mais procurei; é um amigo pessoal que tenho, mas politicamente já não tenho mais o que tratar com ele.
O senhor foi vereador antes de ser prefeito. Foi surpreendido com a pressão dos vereadores sobre o Executivo?
O Legislativo sempre teve esse papel. Eu não sou panela de pressão; pode tratar qualquer assunto que nunca será pressão. Eu trato o assunto político da cidade com muita transparência e responsabilidade. O primeiro foco nosso é o cidadão, é a cidade. Se os vereadores trabalham para que alguma atitude ou ações na Câmara seja uma pressão para ceder algo, pressão não houve. Acho que houve acordos, que é muito diferente. Acordos que não eram nem comigo, inclusive com o Daniel, que atendia os partidos. Com o rompimento, o pessoal de Brasília que tratava assuntos políticos com os vereadores e partidos. Se houve pressão, foi partidária, não foi Executivo e Legislativo. Eu sempre digo que Legislativo e Executivo são dois poderes distintos, mas precisam andar de mãos dadas, porque trabalham pela cidade e pelo cidadão. Não houve pressão da parte dos vereadores, se houve, foi por parte dos partidos.
O senhor esperava ter uma uma relação melhor com os vereadores, considerando que foi colega da maioria deles?
Mas eu sempre tive bom relacionamento com os vereadores; embates políticos e de ideias é uma coisa. Existe em qualquer lugar. Nunca houve embate pessoal da minha parte com nenhum vereador. Fui vereador oito anos, conheço todos que estão naquela casa e alguns que vão concorrer agora já conheço também. Sempre tive bom relacionamento pessoal com todos eles; agora, embate de ideias, isso é normal, politicamente falando.
O senhor afirmou que o resultado da pesquisa não iria definir as alianças e que sua pré-candidatura conta com oito partidos. Como estão as negociações o PP e com o Republicanos?
O PP, depois da fala (de Joel Sant’anna de apoio a Sandro Mabel) sem autorização do Alexandre Baldy, que é o representante legal do partido, tivemos algumas conversas por telefone e ele (Baldy) deixou bem claro que, ao chegar, vai resolver isso. A fala dele é uma só, sempre foi:‘estou com o Rogério, estarei com Rogério sempre; é o meu compromisso, independente do que ele tenha no estado ou não’. Inclusive, segundo ele, já teve duas conversas com o governador e já declarou apoio ao Rogério. Isso é questão familiar, ele vai ter que conversar com o irmão dele para ver o que aconteceu. Mas, segundo ele, não deu autorização para ninguém falar em nome do partido, o que foi falado naquele evento.
E o Republicanos?
O Republicanos está em conversa final com a vereadora Sabrina Garcez, que é a representante legal do município, e na última conversa, ela disse que a decisão seria dela com o presidente estadual (Roberto Naves). E nas últimas reuniões, a informação é que ela e o Republicanos estão fechados conosco.
Qual será o critério para escolha do vice e qual perfil o senhor busca?
Sobre o critério, vamos sentar à mesa, todos os partidos, cada partido pode apresentar os seus indicados para vice; na decisão final, eu bato o martelo, mas todos em comum acordo. O perfil tem que ser o do Rogério, tem que gostar de pessoas. Pode ser um nome político muito conhecido, pode não ser conhecido, mas precisa gostar de gente.
Gestor ou político?
Eu prefiro um gestor, porque eu gosto muito de fazer política com o povo e se eu tiver que algum dia me ausentar desta cadeira e o vice assumir, ele tem que assumir nos mesmos moldes do trabalho que eu faço, que é trabalhar com as pessoas. Vai fazer gestão, mas tem que gostar de gente.
O G1 levantou que a gestão do senhor não cumpriu 16 das 28 promessas feitas durante a campanha eleitoral – o que corresponde a 57,1% do total. O que impediu o cumprimento de todo plano de governo?
Nós analisamos que tem pontuações equivocadas. Nós temos um projeto iniciado há um ano e meio atrás, uma PPP (parceria público-privada), muito amplo, que engloba muitos assuntos que estão dentro do plano de governo. Nós ganhamos, em segundo lugar, a melhor PPP do mundo, um prêmio na Turquia. Essa PPP está na fase final e com essa PPP bem executada, podemos chegar, até o final deste ano ainda, com mais de 85% do plano de governo executado. Entram vários serviços, tecnologia, iluminação, aterro sanitário. Assinando até o final desse mês, agosto já começa a execução do trabalho. Se até o final de agosto começarem os trabalhos,temos uma parceria que vai assumir o parque luminotécnico de Goiânia. São mais de 180 mil pontos de led que serão trocados na cidade. Toda a cidade de Goiânia, em seis meses, estará toda com iluminação led. Além da iluminação, tem a parte de tecnologia que são placas de painéis solares para alimentar a energia dos prédios públicos, câmaras de segurança. Se tudo der certo, começa no final de agosto.
O que está previsto para ser concluído até o final do ano?
O BRT, temos um cronograma da RedeMob, que até o dia 27 de agosto eles entregam as 31 estações já montadas com seus equipamentos. Dia 30 estaremos entregando o BRT à cidade de Goiás, totalmente concluído. Eu assumi a gestão 2021 com 43% da obra executada.
Por que vender 69 áreas públicas no fim do mandato?
Sabe quantas áreas o município tem à disposição? Do início da nossa gestão até agora, doamos e cedemos o triplo do que estamos vendendo. Esse número de áreas representa 0,01% do total.
Mas por que fazer uma caixa de R$ 170 milhões no fim do mandato? Por que para vender deve ter onde aplicar?
Para pagar precatórios, que são precatórios de gestões passadas, não da minha, assegurando a responsabilidade e transparência com o erário público. Hoje a prefeitura tem mais de 3 mil áreas à disposição. E são áreas que não estão destinadas a nada. Áreas destinadas à saúde e à escola não fazem parte desse processo.
As parcelas do empréstimo de R$ 710 milhões estão previstas para começar a entrar quando?
Saiu da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) na quarta-feira (24), foi para a PGF (Procuradoria-Geral Federal) e de lá vai para a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) e manda para a instituição que vai fazer o empréstimo. Dentro da instituição, o empréstimo já está totalmente aprovado, chegando o documento já está liberado.
As regiões Norte e Nordeste receberam muitos benefícios na sua gestão. Qual a importância dessas regiões para a imagem de sua gestão?
Na verdade, todas as regiões receberam benefícios. Todas as 378 unidades educacionais receberam reforma; entregamos 66 unidades de saúde 100% reformadas; na educação foram mais de R$ 64 milhões só em obras físicas, além de outros serviços que fizemos, adequações para inclusão dos alunos na rede educacional. Em todas as unidades de saúde entregues na minha gestão foi implantado acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Qual é a marca da sua gestão?
Eu sou o prefeito que vai entregar o BRT, uma obra que há décadas o pessoal está esperando. Essa obra começou em 2015, para ser entregue em 2020 e eu assumi, em 2021, com 43% da obra executada, além das obras que foram deixadas de gestões passadas.