A síndrome da cabeça explodindo (SCE) é um distúrbio do sono que provoca a sensação de um som abrupto e extremamente alto dentro da cabeça, geralmente durante a transição entre a vigília e o sono. Os ruídos, que podem variar de explosões a gritos e tiros, são percebidos sem qualquer origem externa e duram apenas alguns segundos. Algumas pessoas também relatam alucinações visuais, como flashes de luz, ou sensações físicas, como calor intenso ou uma descarga elétrica percorrendo o corpo.
A SCE faz parte das parassonias, um grupo de distúrbios do sono que inclui outras condições como paralisia do sono e espasmos hipnóticos. Estudos indicam que a SCE é relativamente comum, especialmente entre jovens adultos. Um estudo com estudantes de graduação revelou que cerca de 33% dos entrevistados já haviam experimentado pelo menos um episódio ao longo da vida, enquanto aproximadamente 6% relataram episódios mensais.
Embora o fenômeno seja conhecido desde 1876, sua causa exata ainda é desconhecida. A teoria mais aceita sugere que a SCE ocorre devido a uma falha no processo de desligamento natural do cérebro ao adormecer, o que provoca uma ativação sensorial desconexa, resultando nos sons ou sensações da síndrome. Fatores como estresse e insônia também parecem aumentar a frequência dos episódios.
Apesar do nome alarmante, a síndrome da cabeça explodindo é inofensiva e não está associada a nenhuma lesão cerebral ou problema grave de saúde. No entanto, muitos que sofrem da condição relatam níveis significativos de medo e angústia após os episódios. Em pesquisas, cerca de 45% dos participantes relataram medo moderado a grave, enquanto 25% disseram sentir forte angústia.
Por mais que não existam tratamentos definitivos para a SCE, melhorar os hábitos de sono, evitar dormir de barriga para cima e técnicas de atenção plena são estratégias que podem ajudar a reduzir os episódios. A conscientização de que a SCE é uma condição comum e inofensiva também pode aliviar a ansiedade associada. Este artigo foi originalmente publicado no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons.