Skip to content

Mabel defende viabilidade do Aterro Sanitário de Goiânia e diz que quer acabar com “máfia do lixo”

Prefeito afirma que aterro será regularizado até o fim do ano e acusa pressão por contratos privados no setor de resíduos


Lucas de Godoi Por Lucas de Godoi em 01/07/2025 - 09:58

Sandro Mabel visita Aterro Sanitário de Goiânia (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Mabel visita o Aterro Sanitário ao lado de secretários e técnicos e rebate denúncias de risco ambiental (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

O prefeito de Sandro Mabel (UB) voltou a defender, nesta segunda-feira (30), que o Aterro Sanitário da capital segue operando com segurança e defendeu a continuidade da gestão pública do espaço. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais durante visita ao local. Mabel repetiu o que já havia mencionado em coletiva de imprensa na última sexta-feira (27), em resposta ao relatório técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a apurações do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apontam falhas estruturais e ambientais na operação do espaço.

Mabel questiona a credibilidade do relatório e relacionou o documento a uma suposta articulação com interesses privados. “Quero acabar com essa máfia do lixo, que quer que a Prefeitura pague R$ 10 milhões por mês para enviar os resíduos a um aterro privado. Hoje gastamos R$ 1,5 milhão com o nosso aterro. Vamos corrigir o que precisa e seguir com ele funcionando como deve ser”, afirmou.

O relatório da Semad, elaborado a partir de vistorias entre janeiro e abril deste ano, aponta a inexistência de licenças ambientais válidas, operação acima da capacidade planejada e risco de contaminação ambiental. O documento também cita impactos sobre comunidades vizinhas, como mau cheiro, proliferação de pragas e risco à aviação civil, já que o aterro fica a 2 km do Aeródromo Nacional de Aviação (SBNV).

Durante a visita ao aterro, Mabel esteve acompanhado de secretários e técnicos da prefeitura. No vídeo, rebateu a denúncia de funcionamento irregular e disse que há estrutura de cobertura, queima de gás e compactação adequada do lixo. “Isso aqui não é lixão. Tem tecnologia e responsabilidade. O trator está operando, o gás está sendo queimado. Estamos implantando mais controles”, mencionou.

O prefeito anunciou contratação emergencial para reforçar o monitoramento ambiental do local. Segundo ele, as correções serão feitas até o fim do ano, dentro de um cronograma estabelecido pela gestão.

Incompatível

A Semad classificou o funcionamento do aterro como incompatível com as normas ambientais brasileiras e recomendou a suspensão das atividades, além da implantação de novos sistemas de drenagem e tratamento de efluentes. O MP acompanha o caso e avalia eventual responsabilização de gestores públicos.

Na coletiva, Mabel fez críticas à secretária estadual de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, e disse que o relatório da pasta serve a interesses empresariais. A Prefeitura de Goiânia estuda, junto ao BNDES, a reformulação do modelo de gestão de resíduos sólidos da capital.

Pesquisa