A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o acidente que deixou quatro policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) mortos, na BR-364, no mês passado. Segundo as investigações, o homem assumiu o risco de matar ao trafegar em velocidade acima do permitido e, por isso, foi indiciado por homicídio doloso. “Encontramos incongruências no depoimento dele. O registro do tacógrafo dele foi preenchido por outra pessoa, um funcionário dele. Ele também afirmou que ele realizava todo o trajeto sozinho. Conseguimos que esse fato não é verdadeiro. Nós intimamos o outro caminheiro”, disse o delegado Guilherme Oliveira, responsável pelo caso.
Além da informação do trajeto, a investigação mostrou que o motorista omitiu a velocidade que dirigia, segundo o delegado. Informações do tacógrafo, dispositivo que registra dados de um veículo, como velocidade e tempo de condução, apontaram que o caminhão estava entre 110 km/h e 120 km/h.
A advogada Lorena Magalhães, da defesa do motorista, contestou as informações divulgadas no caso e destacou que ele colaborou ativamente durante a investigação e compareceu espontaneamente para depor. Neste sentido, a advogada argumenta que a prisão de Diego Michael é ilegal e “usada para atender o clamor público”.
Diego Michael foi preso na última sexta-feira (10), em Goiatuba, na região sul de Goiás, enquanto transportava um carregamento de grãos.