Em mais de cem minutos de um jogo de futebol, onde os dois goleiros não fizeram nenhuma defesa importante, um erro da arbitragem foi sem dúvida o fator que decidiu a partida em favor do Vila Nova. Nada de mais aconteceu além do pênalti que só o árbitro viu. E a torcida colorada também, é lógico. No primeiro tempo, um jogo sofrível, muitas faltas, pouca técnica, juiz inseguro. No segundo tempo, um pouco mais de disposição, mas a falta de qualidade dos jogadores foi um impedimento para que o clássico pudesse empolgar.
Começando a análise do jogo pelo Goiás, fica evidente que a diretoria de futebol errou na maioria das contratações. Edson Carioca, Artur Caíque, Facundo Barceló e o remanescente Régis não podem vestir a camisa do Goiás. No comando técnico, Jair Ventura não está conseguindo mostrar as qualidades que o trouxeram de volta ao Goiás. Na sexta rodada do campeonato goiano, o time esmeraldino ainda não mostrou nenhuma evolução, não incomodou o Vila Nova em nenhum momento do jogo e continua irritando a torcida com a insistência em colocar em campo o atacante Pedrinho, já testado em inúmeras oportunidades e não deu conta de jogar no Goiás.
O trabalho de Jair Ventura não convence até o momento. Perder novamente para o Vila deixa a diretoria de futebol e a comissão técnica em situação delicada e deixa evidenciado que o trabalho não está dando certo. E pensar que o Goiás assinou contrato de três anos com Edson Carioca… Alguém precisa explicar a longevidade desse contrato com um jogador de qualidade técnica tão limitada.
Pelos lados do Vila Nova, é lógico que estão comemorando muito, afinal é sempre muito bom vencer o maior adversário. Mas uma análise sem paixão mostra que o time colorado também não é lá essas coisas. Goleiro fazendo cera o tempo todo, jogadores com mais força do que técnica e nenhum poder ofensivo. Tadeu também não fez nenhuma defesa importante e a vitória foi conquistada graças ao erro da arbitragem. Esse foi o nosso maior clássico, uma prova que o futebol goiano está muito pequeno, muito distante do que já foi em décadas anteriores. Em nível nacional, sem dúvida, é futebol de série B.
No sábado, o Atlético foi a Inhumas e atropelou a pantera avinhada pelo elástico placar de 4 a 0. Poderia ser mais. Bem que Adson tinha avisado que no jogo contra o Inhumas o futebol do Atlético seria outro. Certamente muitas reuniões aconteceram, muita roupa suja foi lavada pelos lados do Antônio Accioly. Não importa, o que vale é que o time voltou a jogar seu bom futebol e entrou pra valer no campeonato goiano. O Inhumas que nas primeiras rodadas chamou a atenção pelo bom futebol apresentado, não foi adversário para o Atlético, pelo contrário, não ofereceu resistência e poderia ter sofrido uma goleada ainda mais vexatória em seu estádio.
Com os resultados da rodada, o Vila Nova se distancia dos principais adversários na liderança do campeonato, com 14 pontos. O Anápolis vem em segundo com 11 pontos e o Goiás em terceiro lugar com 10 pontos. O Atlético melhorou sua posição, mas ainda ocupa a incômoda sexta colocação. Na parte inferior da tabela, a disputa contra o rebaixamento está concentrada entre o Goiatuba, o Crac de Catalão, o Goiânia e o Goianésia. O campeonato que prometia ser o melhor dos últimos anos, até agora não confirmou essas expectativas.
Muita expectativa, pouco futebol e o despreparo da arbitragem
Em um jogo morno e sem grandes defesas dos goleiros, o clássico goiano foi decidido por um pênalti polêmico

Na classificação, o Vila se isola na liderança, enquanto o Goiás ainda busca se firmar no G4. Foto: Reprodução
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