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Mulheres pretas e pardas ganham menos de 50% do que homens brancos em Goiás


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 10/12/2023 - 07:00

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as disparidades de renda em Goiás estão fortemente vinculadas às questões de cor e raça. Em média, pessoas brancas recebem R$ 1.279,00 a mais do que pessoas pretas ou pardas. A análise aprofundada mostra que pretos e pardos representam mais de 70% do índice de pobreza no país, alcançando 7,7% na extrema pobreza, mais que o dobro do registrado pela população branca (3,5%).

Agravando essa desigualdade, o desequilíbrio de gênero também é evidente quando associado às questões raciais. Em Goiás, mulheres pretas e pardas recebem em média R$ 1.781, quase R$ 500 a menos do que homens do mesmo grupo racial. Embora mulheres brancas recebam em média R$ 2.858,00, cerca de R$ 1.000 a menos que homens brancos, elas ainda superam em R$ 1.077 a renda média das mulheres pretas ou pardas. Em um recorte específico, verificou-se que, em Goiás, homens brancos recebem 52,2% a mais do que mulheres pretas ou pardas em 2022.

Desigualdades persistem 

A Síntese de Indicadores Sociais de 2022, divulgada pelo IBGE, destaca avanços em Goiás, com aumento do rendimento médio e queda na taxa de desocupação em comparação a 2021. Contudo, persiste a desigualdade, evidenciada por indicadores como a disparidade salarial, em que mulheres pretas ou pardas recebem menos de 50% do rendimento dos homens brancos no estado.

Rendimento médio 

Apesar do rendimento médio real do trabalho principal em Goiás ter registrado um aumento de 3% em 2022, alcançando R$ 2.499, persistem desigualdades destacadas pela SIS. Essa melhoria não apaga a complexidade das disparidades socioeconômicas no estado.

Desigualdades salariais no Brasil

Os dados nacionais divulgados pelo IBGE ampliam o panorama da desigualdade salarial no Brasil. A diferença entre brancos e negros se destaca, com brancos recebendo 61,4% a mais por hora de trabalho. O estudo também ressalta a lentidão na redução dessa disparidade ao longo dos anos, evidenciando a necessidade contínua de políticas que promovam equidade salarial e de oportunidades.

Empresas 

Goiás está perto de bater o recorde histórico de abertura de novas empresas. Dados da Junta Comercial de Goiás mostram que em novembro foram abertas 2.609 novas empresas, acumulando um total de 31.413 empresas abertas nos primeiros 11 meses do ano.

Oportunidades 

Segundo o Governo de Goiás, oportunidades têm sido criadas para os empreendedores, como cursos de qualificação profissional, crédito facilitado e a digitalização e desburocratização dos atos na Junta Comercial de Goiás (Juceg). Isso tem contribuído para um índice histórico de abertura de novas empresas no estado.

Setores 

Em novembro, os empreendimentos que mais abriram portas foram: serviços combinados de escritório e apoio administrativo, atividades de consultoria em gestão empresarial, comércio varejista de bebidas, treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial, e preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo.

Prorrogado

O governo federal prorrogará o Programa Desenrola por mais três meses, permitindo renegociação de dívidas até março de 2024. Medida Provisória será enviada ao Congresso na próxima semana. O requisito de conta Gov.br prata ou ouro para acessar a plataforma será eliminado, visando facilitar o acesso da população. Negociações com bancos e B3 estão em curso para manter a segurança da plataforma. Após a prorrogação, a plataforma continuará ativa sem a garantia do Fundo Garantidor de Operações. O governo busca manter a ferramenta como legado para incentivar acordos entre credores e devedores.

Famílias em inadimplência 

O Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia divulgaram nesta quinta-feira (7) o relatório “Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência”, revelando que oito em cada dez famílias no Brasil enfrentam endividamento, sendo que um terço possui dívidas em atraso. Embora os índices tenham apresentado recuo desde o pico durante a pandemia, permanecem elevados, conforme destacado no relatório.

Pode parcelar

Segundo a pesquisa do Instituto Locomotiva, o cartão de crédito é responsável por 60% das dívidas em aberto em 2023, superando a marca de 56% registrada em 2022. O relatório revela também que 43% dos brasileiros enfrentam desafios em quitar dívidas junto a bancos e financeiras, indicando um aumento em relação ao ano anterior. Diversos motivos, como falta de planejamento financeiro e desemprego, contribuem para a inadimplência, enquanto o programa Desenrola Brasil se destaca como estratégia para renegociação.

Débitos negociáveis até 15/12

O Programa Sanear 2023 prorroga a negociação de débitos com a Saneago até 15 de dezembro. Oferecendo descontos de até 95%, a iniciativa abrange contas vencidas até dezembro de 2022. Clientes podem negociar presencialmente nas agências e Vapt Vupt (com agendamento) ou pelo número 0800 645 0115 para débitos até R$ 2 mil. Débitos judicializados são analisados pela unidade jurídica. Evite cortes e negativações.

Alta nos preços

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que o custo da cesta básica aumentou em nove das 17 capitais brasileiras analisadas em novembro. Brasília liderou a alta com 3,06%, enquanto Natal teve a maior queda, reduzindo 2,55%. Outras capitais com declínio incluem Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%), e Campo Grande (-1,20%). Porto Alegre foi a única sem variação nos preços.

Capital mais cara

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese mostra que São Paulo teve a cesta básica mais cara em novembro, custando cerca de R$ 749,28. Capitais do Norte e do Nordeste registraram menores valores, com destaque para Aracaju (R$ 516,76), João Pessoa (R$ 548,33) e Salvador (R$ 550,86). Com base nesses custos, o Dieese estima que o salário mínimo ideal seria de R$ 6.294,71, 4,77 vezes o valor atual de R$ 1.320.