Há muito especula-se sobre o bastão de Esculápio e o caduceu de Mercúrio e entre eles há diferenças que muitos desconhecem. O caduceu é mais antigo e sempre esteve relacionado ao comércio.
Hermes, ou Mercúrio, era filho de Júpiter e Maia. Ganhou o caduceu de Apolo após encantá-lo com o som de uma lira feita com casco de tartaruga.
O presente, haste de ouro com asas em sua extremidade, foi lançado por Mercúrio entre duas serpentes que lutavam e estas se entrelaçaram em uma atitude amistosa. O caduceu tornou-se o símbolo do comércio.
Esculápio ou Asklépios, também filho de Apolo, desta feita com Corônis, aprendeu a arte de curar com o centauro Quiron. Em uma de suas visitas a pacientes em seu templo, uma serpente enrolou-se em seu cajado e aí permaneceu. Tornou-se o deus da medicina e seu cajado, o símbolo da atividade médica.
Na mitologia temos deuses da saúde e da cura: Panaceia, Higeia, Iaso, Aceso, Eir, Belenus, Thoth. Estabeleceu-se a confusão há milênios, cada um deles atuava na área da saúde, cura e bem-estar dos mortais, mas apenas Esculápio possuía o bastão.
Nos tempos atuais não é diferente. Os vários profissionais da área da saúde, quando em ressonância, podem auxiliar, e muito, cada paciente que deles precisa.
A acupuntura, especialidade médica desde 1995, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, pode também ser exercida por médicos veterinários e cirurgiões dentistas.
No Brasil, conforme decisões judiciais e legislação, o exercício da acupuntura por outros profissionais é caracterizado por ilegalidade e na mitologia não era diferente.
Que cada profissional possa oferecer o seu melhor sem ultrapassar os limites de sua área de atuação, despertando assim, a fúria de Ares.