Após um adiamento, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), finalmente compareceu à Câmara Municipal no dia 4 de julho para prestar contas do primeiro quadrimestre de 2023. A sessão, que durou quase 4 horas, contou com a presença do secretário municipal de Finanças, Vinícius Henrique Alves. A prestação de contas é uma obrigação estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige que o Poder Executivo apresente ao Legislativo, ao final de cada quadrimestre, o cumprimento das metas fiscais.
Segundo o balanço apresentado, a arrecadação bruta da prefeitura teve um aumento de 1,26% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 2,58 bilhões. No entanto, as despesas correntes também tiveram um aumento significativo, chegando a R$ 2,58 bilhões, o que representa um acréscimo de 25,49%. O relatório detalhou os gastos nas áreas de educação, saúde, pessoal, dívida consolidada, resultado primário nominal e resultado previdenciário. Durante a prestação de contas, o secretário de Finanças expressou preocupação com a redução nos repasses, especialmente por parte da União e do Estado. O Fundeb teve uma diminuição real de -4,22%, passando de R$ 221,1 milhões no primeiro quadrimestre de 2022 para R$ 220,6 milhões em 2023. O ICMS também registrou uma queda de -8,56%, com os recursos diminuindo de R$ 204,4 milhões para R$ 194,7 milhões.
Em outro momento, a vereadora Aava Santiago criticou as convocações de uma empresa de Roraima, na qual a prefeitura teria desembolsado R$ 4 milhões para oferecer cursos online para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Durante a audiência, profissionais manifestaram seu descontentamento com o prefeito, realizando protestos contra a administração municipal. “Com a Universidade Federal de Goiás presidente, eu realmente não consigo entender com tantos trabalhadores e trabalhadoras da educação qualificados. Como o nosso IF com todas instituições de ensino que poderiam fornecer esses cursos, porque que a prefeitura fez uma contratação por adesão de ata de Roraima pra EAD de curso para em situação de vulnerabilidade?. Enquanto isso, enquanto isso, justifica-se que não há rubrica, para enviar o plano de carreira da educação e curioso isso, né?”, questionou a vereadora.
Em resposta às críticas, o prefeito Cruz rebateu afirmando que todos os projetos do plano de governo estão passando pelo processo de licitação. Ele ressaltou que a maioria dos projetos já está em processo de licitação e que é possível acompanhar essas informações através do Portal da Transparência. O prefeito destacou o compromisso coma responsabilidade fiscal. “Já estamos trabalhando pra ser licitados com os números todos adequados e apresentando a população o que tem de melhor, responsabilidade”, afirmou. Durante a audiência, profissionais fizeram protestos contra o prefeito, demonstrando insatisfação com a administração municipal.