A Agrodefesa, agência do Governo de Goiás, lançou o Projeto Defensores Mirins em outubro, mês das crianças. A ação visa levar educação sanitária para estudantes das redes públicas e particulares. O projeto de concurso inclui brincadeiras e aulas sobre como a defesa agropecuária garante a segurança dos alimentos que consumimos. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa-GO), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O projeto será aplicado, inicialmente, em seis municípios goianos, como Goiânia e Anápolis, com atividades externas a crianças de 10 a 12 anos. As questões abordadas incluem a verificação de Selos de Inspeção em Produtos Alimentares e a Prevenção de Doenças no Campo. “Queremos formar cidadãos conscientes sobre o papel da defesa agropecuária”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Além das atividades educativas, o projeto inclui a criação de personagens lúdicos para ajudar na divulgação das informações na sala de aula. Esses personagens representam as áreas de atuação da Agrodefesa e servirão de apoio em quadrinhos e atividades pedagógicas. “É uma maneira divertida de explicar às crianças a importância da vacinação e de outros cuidados no campo”, ressalta Fernando Dantas, chefe de Comunicação Setorial da Agrodefesa.
Conheça os personagens da Turma dos Defensores Mirins:
Nai
Nai representa as ações da Sanidade Animal da Agrodefesa. Ela ama animais e usa botas especiais que lhe dão força e agilidade, além de possuir um laço mágico capaz de proteger e curar animais. Seu nome é em homenagem a Nair Eugênia Lobo, a primeira mulher diplomada em Medicina Veterinária no Brasil, na turma de 1929, pela Escola Superior de Agricultura e Veterinária, hoje Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Aly
Aly adora mexer com a terra e cultivar plantas, por isso representa a Sanidade Vegetal. Entende tudo sobre vegetais e instrumentos de produção. Possui luvas especiais que lhe permitem detectar e eliminar pragas em plantações, além de um cinto de utilidades de jardineiro, que emite uma energia que revitaliza plantas doentes e protege os cultivos contra ameaças. A inspiração de seu nome é em homenagem ao engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura que modernizou a Embrapa e promoveu ações que fizeram desenvolver a produção agrícola no Cerrado, na década de 1980, sendo que, em 2006, recebeu o World Food Prize, correspondente ao Nobel de alimentação.
Rubico
Rubico é muito inteligente e correto. Representa a Fiscalização Agropecuária, sendo capaz de processar informações complexas em segundos, garantindo que a turma não cometa erros em suas atividades. Seu nome é em homenagem a Rubens Andrade de Carvalho, ou Rubico Carvalho, um dos nomes mais importantes do País para o aperfeiçoamento do nelore e da pecuária de corte brasileira.
Otto
Otto é observador e metódico. Costuma analisar se tudo está funcionando corretamente e é especialista em limpeza e cuidado. Representa a Inspeção da Agrodefesa. Ele tem uma super visão que permite que possa detectar instantaneamente qualquer contaminação ou irregularidade nos produtos, garantindo a segurança da turma. Seu nome é em homenagem a Otto de Magalhães Pecego, um entusiasta do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que defendia a importância do tema.
Jô
Jô gosta de investigar o mundo e ama ciência. É a representante dos três laboratórios da Agrodefesa: Laboratório de Análise de Sementes (LabSem), Laboratório de Diagnóstico Veterinário (LabVet) e Laboratório de Controle de Qualidade dos Alimentos (LabQuali). Ela usa uma lupa especial para analisar e descobrir soluções para os problemas da turma. Com ela, consegue identificar pragas microscópicas, avaliar a saúde do solo e desenvolver técnicas inovadoras para melhorar a produção agropecuária. Seu nome é em homenagem à Johanna Döbereiner, engenheira agrônoma, pioneira em biologia do solo. É uma das cientistas brasileiras mais importantes da história, responsável por pesquisas com fixação biológica do nitrogênio, o que permitiu que milhares de pessoas consumissem alimentos mais baratos e saudáveis, e lhe valeu a indicação ao Prêmio Nobel em 1997.
Lia
Lia tem grande conhecimento sobre o mundo agropecuário e as ações que precisam ser feitas para garantir que tudo ocorra bem. Por isso, representa a educação sanitária, estando sempre disposta a ajudar todo mundo com informações corretas e boas práticas. Seu nome é em homenagem a Anália Franco, considerada a dama da educação brasileira. Professora desde os 15 anos, destacou-se pelo trabalho com grupos e classes marginalizadas. Em um período onde o acesso à escola era um privilégio de poucos, principalmente na zona rural, Anália foi a responsável por levar a educação até milhares de trabalhadores das lavouras, incluindo mulheres.