O PT em Goiás tem mantido diálogo com lideranças e candidatos a vereadores de outras coligações para fortalecer as campanhas de seus candidatos a prefeitos, Adriana Accorsi, em Goiânia, e Antônio Gomide, em Anápolis, dois colégios eleitorais onde a legenda lidera as intenções de voto. À Tribuna Política a presidente estadual do partido, Katia Maria, destaca que existe um movimento crescente de simpatia por parte de candidatos proporcionais de outras alianças, que têm manifestado apoio indireto às candidaturas petistas.
“Há um sentimento em Goiânia e Anápolis, especialmente, de candidatos a vereadores que estão em outras coligações, mas que são simpáticos às nossas candidaturas”, declarou Katia Maria à coluna Tribuna Política. A presidente do PT em Goiás destacou que, embora a legislação eleitoral proíba materiais de campanha unilaterais, a simpatia entre os candidatos e suas equipes vem crescendo, com a participação de alguns deles em eventos de campanha, como caminhadas ao lado da prefeita Adriana Accorsi.
“O desejo da militância é algo que ninguém consegue segurar. Quando a militância quer, o candidato pode estar com outro prefeito, mas isso acaba influenciando para o nosso lado”, observou Kátia. O movimento reflete a estratégia do PT de ampliar sua base de apoio, buscando fortalecer suas candidaturas em cidades chave.
Para o partido, o envolvimento de candidatos a vereadores de outras coligações, mesmo que informalmente, é uma demonstração de que as campanhas de Adriana Accorsi e Antônio Gomide estão ganhando tração e apoio popular ao longo do processo eleitoral. A expectativa do PT é que essa simpatia crescente se traduza em um suporte mais evidente à medida que as campanhas avancem. “Estamos confiantes de que esse grupo vai ganhando corpo no decorrer da campanha”, concluiu Kátia Maria.
Gomide confia em apoios, não em declarações
Candidato em Anápolis, Antônio Gomide diz que os apoios já acontecem. À coluna, não cita nomes, mas revela que postulantes à Câmara filiados ao PDT, PSB e PSD já fazem campanha em torno de si, sem que haja a declaração. “Eles não vão declarar apoio porque correm risco até de serem punidos no contexto da infidelidade partidária. Mas a militância deles, que é mais importante, está conosco”, salientou.
Frente ampla de 2022
A ideia é repetir o que aconteceu em 2022 quando, especialmente a partir do segundo turno das eleições, inúmeras lideranças de partidos de centro e centro-direita em Goiás declararam apoio a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, o ex-presidente da Juventude do PSDB, Rodrigo Zani, que é produtor rural, liderou o movimento “Agro pela Democracia”, que buscou aproximar a campanha petista do agro goiano, segmento que possui alta rejeição a governos de esquerda.
Bons intrusos
Silenciosamente, a campanha petista em 2022, ganhou reforço e mobilização de nomes que estavam ligados à gestão Rogério Cruz. A ex-secretária de Relações Institucionais, Valéria Pettersen ajudou a coordenar ações de mobilização junto à igrejas evangélicas, onde tem influência e eleitorado. Zander Fábio, ex-secretário de Cultura, também contribuiu indiretamente. Entretanto, a dupla nunca admitiu publicamente os votos.
Eleitor jovem
O ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), admite dificuldades em captar o eleitor jovem. Esse foi um dos motivos que o levou a trocar sua equipe de marketing às vésperas da campanha eleitoral. “Quando disputei a última eleição, muito adulto que hoje tem 30 anos, sequer votava. Preciso de alcançar essa turma”, destaca à coluna.
Estratégia
Entre as estratégias, Mabel aposta na aproximação com cantores sertanejos. Do final da semana passada para esta segunda-feira (2), recebeu apoio de Icaro e Gilmar, Humberto e Ronaldo, Marrone (da dupla com Bruno) e espera ter declaração pública do cantor Leonardo e do embaixador Gusttavo Lima.
Guerra Judicial
A Justiça Eleitoral de Goiás suspendeu propagandas dos candidatos Fred Rodrigues e Sandro Mabel por irregularidades. As propagandas de Rodrigues não estavam identificadas corretamente e foram gravadas em local de uso comum. Já a de Mabel foi suspensa por exceder o limite de tempo permitido para participação de apoiadores. A ação partiu do jurídico da deputada federal Adriana Accorsi, candidata ao Paço Municipal.
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