O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) conquistou o maior Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS) entre os tribunais do estado de Goiás, de acordo com o 9º Balanço Socioambiental do Poder Judiciário, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com 71,6% de pontuação, o Tribunal também alcançou a segunda melhor colocação entre todos os órgãos do Judiciário na Região Centro-Oeste.
O desempenho representa um avanço em relação ao ano anterior, quando o TRE-GO obteve 66%. Nos últimos três anos, o Tribunal subiu nove posições no ranking nacional dos Tribunais Eleitorais, passando da 21ª para a 12ª colocação.
O IDS é um indicador que avalia o desempenho dos tribunais na implementação de práticas sustentáveis, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. A pontuação reflete ações relacionadas à eficiência no uso de recursos, responsabilidade socioambiental, acessibilidade, gestão de resíduos, entre outros critérios.
O resultado alcançado evidencia o comprometimento do TRE-GO com a sustentabilidade institucional e reforça o papel do Judiciário na promoção de uma gestão pública mais consciente e alinhada com os princípios do desenvolvimento sustentável.
Resultados
Os resultados foram apresentados durante a 3.ª edição do Judiciário Sustentável, na mesa coordenada pelo presidente do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade e conselheiro do CNJ, Guilherme Feliciano. Ele ressaltou que o Judiciário precisa dar exemplo à sociedade tanto em termos econômicos quanto na adoção de uma política de sustentabilidade que contribua “para que a degradação ambiental e até mesmo o aquecimento global não tenham agravamentos mais sérios do que aqueles com os quais já convivemos”, endossou.
Feliciano também aproveitou para atualizar os presentes sobre o cumprimento dos prazos previstos no programa Justiça Carbono Zero (Resolução CNJ n. 534/24), que prevê a descarbonização total do Judiciário até 2030. Ele salientou que 87 das 91 cortes do país apresentaram planos de descarbonização. Dessas, 75 informaram como realizaram seus inventários e 33 já definiram como viabilizarão o processo.
Feliciano relembrou que, ainda neste ano, os tribunais devem apresentar ao CNJ iniciativas de redução de emissão de carbono e, em 2026, como será feita a compensação das emissões. “Por fim, os órgãos do Judiciário farão o inventário completo de todos os prédios e atividades, para até 2030 atingirmos a neutralidade de carbono”, disse.