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Vereadora Kátia denuncia Comurg por crime ambiental

Ação da companhia retirou quase todas as árvores em trecho urbano da Marginal Botafogo, inclusive mangueiras, contrariando laudo técnico da Amma. Parlamentar exige investigação e responsabilização


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 06/06/2025 - 10:33

Ação da Comurg resultou na extirpação de árvores saudáveis e nativas na Marginal Botafogo e pode configurar crime ambiental (Foto: Comurg)

A vereadora Kátia (PT), presidenta da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Goiânia, protocolou denúncia junto à Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) e representação ao Ministério Público de Goiás contra a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), por possível crime ambiental e ato de improbidade administrativa, pela remoção em massa de árvores ao longo da Marginal Botafogo.

De acordo com reportagens publicadas na imprensa, a operação da Comurg resultou em um verdadeiro desmatamento urbano, com a retirada quase total das árvores entre a Avenida Universitária e o Complexo Viário da Jamel Cecílio, o que configuraria crime ambiental. O corte incluiu inclusive mangueiras de grande porte e outras espécies nativas, o que extrapolou gravemente os limites estabelecidos pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), que autorizava apenas a retirada de árvores exóticas, como leucenas, e que estivessem em fim de ciclo de vida.

“O que ocorreu foi um atentado ao meio ambiente urbano. A cidade perdeu sombra, perdeu vida, e tudo isso em desacordo com a legislação ambiental e com os próprios laudos técnicos da Amma. É preciso apurar com rigor e responsabilizar os envolvidos”, afirmou a vereadora.

Na denúncia apresentada à Dema, Kátia requer a instauração de inquérito policial, a realização de perícia ambiental na área afetada e a oitiva dos responsáveis pela execução e fiscalização da ação. Já na representação enviada à 15ª Promotoria de Justiça do MP-GO, a parlamentar solicita a abertura de investigação por possível ato de improbidade administrativa, com base no desrespeito aos princípios da legalidade e da moralidade, além de pedido de propositura de ação civil pública e medidas de reparação dos danos ambientais causados.

A vereadora destaca ainda que, até o momento, a Comurg não apresentou nenhum levantamento oficial sobre o número e o tipo de árvores removidas, o que aumenta a gravidade da situação e reforça a necessidade de transparência e fiscalização.

A Amma, por sua vez, confirmou à imprensa que houve extrapolação da autorização concedida, reconhecendo que a COMURG retirou espécies não previstas no laudo técnico. A justificativa inicial era prevenir acidentes, mas a extensão da intervenção foi muito além do previsto, caracterizando, segundo Kátia, uma força-tarefa descontrolada que transformou a Marginal Botafogo em um corredor de concreto sem vida.

A atuação da vereadora tem sido firme na defesa do meio ambiente na capital. Além de presidir a Comissão de Meio Ambiente, Kátia já foi responsável por iniciativas como a Expedição do Rio Meia Ponte e o projeto do Fórum Goianiense de Mudanças Climáticas. Agora, diante do caso da Marginal Botafogo, ela cobra que os responsáveis não fiquem impunes e que Goiânia tenha um plano claro de compensação e replantio da vegetação suprimida.

“A cidade precisa ser protegida. O meio ambiente urbano é parte essencial da qualidade de vida. É inadmissível que ações desse tipo ocorram sem consequência”, finalizou a vereadora.

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